Liberdade para os presos políticos angolanos

Publicamos este dossier no dia em que se realizam vigílias de solidariedade com Luaty Beirão, que completou um mês de greve de fome, e com os presos políticos angolanos. Abordamos apenas a situação das 17 pessoas acusadas da “prática de rebelião” e de “atentado contra o Presidente da República”, 15 das quais se encontram detidas desde 20 de junho. Dossier organizado por Carlos Santos.

21 de outubro 2015 - 10:29
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A prisão destes ativistas, muito deles com diversas prisões e espancamentos por parte da polícia e das forças de segurança, vem no seguimento de diversas ações repressivas por parte do regime angolano, que sempre temeroso proíbe qualquer manifestação, que não seja organizada pelo partido do governo.

Sobretudo desde 2011 e da chamada Primavera Árabe, José Eduardo dos Santos, há 36 anos presidente, parece viver perante o pavor de que um movimento de caraterísticas semelhantes se desenvolva em Angola. Perante as crescentes reivindicações de Liberdade por parte da juventude angolana, o regime aumenta a repressão.

O regime assenta no poder presidencial e dos generais e no controle da economia de que os mesmos e as suas respetivas famílias se apoderaram – não é por acaso que Isabel dos Santos, filha do presidente angolano, é a mulher mais rica de África e uma das pessoas mais ricas do mundo inteiro. E face à riqueza crescente desta elite mantém-se a miséria da maioria do povo angolano. É esta contradição absurda e crescente que leva o poder a procurar abafar e esmagar todos os protestos e as reivindicações de Liberdade. É também o peso económico desta elite que leva outros países e governos a calarem-se, perante a situação que se vive em Angola. O comportamento do Governo português, calado e reverente ao governo angolano, tem por base a submissão aos capitais e, naturalmente, um reduzido apego à defesa da Liberdade, que muito pouco afeta Passos Coelho, Paulo Portas e Cavaco Silva.

Os jovens presos e acusado/as têm sido das pessoas mais ativas na luta pelas Liberdades e pela Democracia em Angola.

Por isso, procuramos dar a conhecer Quem são os ativistas presos desde 20 de junho e as acusadas que não estão detidas e quem é Luaty Beirão, um herói angolano. Divulgamos também dois textos de jovens presos, Incitação à guerra ou à destruição da ditadura? de Nuno Álvaro Dala e Economia de resistência à tirania de Domingos da Cruz, a reportagem de apublica.org É proibido falar em Angola e um vídeo de 2011 com Manifestantes a clamar por Liberdade. Para além deste dossier, pode aceder a todas as notícias do esquerda.net sobre a repressão em Angola e as ações de solidariedade com os presos políticos.

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