No piquete da Carris, que contou com um reforço popular, na Musgueira, registaram-se episódios de tensão com o corpo de intervenção da polícia que chegou a escoltar autocarros. Segundo informam os Precários Inflexíveis no seu blogue, pelo menos um membro do coletivo de precários e um membro da ATTAC ficaram com nódoas negras depois da intervenção policial que ocorreu pelas 7h da manhã. Após a quebra do piquete pela polícia, da Musgueira saíram cerca de 80 autocarros.
Ao local chegaram seis carrinhas do corpo de intervenção da PSP, acompanhadas por dois carros patrulhas e de um jeep com os graduados de serviço. As pessoas que estavam no piquete sentaram-se no chão e tentaram resistir ao cordão do corpo de intervenção. “Depois de vários minutos de tensão, dezenas de polícias removeram um a um e em braços as dezenas de pessoas que compunham o piquete de greve”, lê-se no blogue.
Também nas estações da Carris de Miraflores e de Cabo Ruivo tiveram lugar operações policiais, com mais de 7 carrinhas do corpo de intervenção mobilizadas para ajudar a furar a Greve Geral desta quinta-feira.
Segundo os Precários, durante toda a noite foram vistos seis autocarros da rede da madrugada a serem escoltados por carrinhas da polícia de intervenção. Na estação da Carris, em Cabo Ruivo, três autocarros conseguiram sair sobre forte escolta policial e pela saída de emergência.
Incidentes com piquetes em Lisboa marcam início de greve geral
Ao início da manhã, eram já visíveis os efeitos da greve geral em vários setores, com registo de alguns incidentes. Também em Cabo Ruivo, no centro de recolha da Carris, a PSP foi chamada para afastar o piquete de greve quando um dos autocarros saiu do recinto. E na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, a polícia teve de intervir devido a problemas entre o piquete e a administração. Em Oeiras, alguns carros de recolha do lixo foram bloqueados pelo piquete de greve.