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Ébola, a falência do mercado

O desastre provocado pelo surto de ébola é a demonstração do falhanço do mercado e do neoliberalismo. Já morreram quase 5.000 pessoas, só a partir de dezembro começarão a ser experimentadas vacinas e nada disto resolverá o fundo dos problemas dos países mais atingidos: miséria, destruição dos serviços públicos de saúde, interesse dominante das transnacionais. Dossier organizado por Carlos Santos.
Foto European Commission/flickr
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Ébola, a falência do mercado

O desastre provocado pelo surto de ébola é a demonstração do falhanço do mercado e do neoliberalismo. Já morreram quase 5.000 pessoas, só a partir de dezembro começarão a ser experimentadas vacinas e isto não resolverá o fundo dos problemas dos países mais atingidos: miséria, destruição dos serviços públicos de saúde, interesses dominantes das transnacionais.. Dossier organizado por Carlos Santos.

5.000 mortes pelo ébola, testes de vacinas começam em dezembro

Segundo o relatório de 25 de outubro da organização mundial de saúde (OMS), já morreram 4.922 pessoas, vítimas do atual surto do ébola. A OMS anunciou também que, a partir de dezembro, começarão a ser experimentadas vacinas contra o ébola nos países mais atingidos da África Ocidental.

Perguntas e respostas sobre o ébola

Como se transmite o ébola entre os seres humanos? O que faz dentro do corpo? Qual a probabilidade de uma pessoa com o vírus morrer? Como se transmite inicialmente aos seres humanos? Quantas epidemias já ocorreram? Existem vacinas? Porque se chama ébola? Por Alberto Sicilia

As origens da crise do ébola

A solução para estas epidemias não são poções mágicas de vacinas, nem isto se resolve com o envio de tropas. É estrutural, é social, é económico, é ambiental e é investindo em medidas de saúde pública. O que acontece é que os sistemas públicos de saúde estão a ser destruídos. Por Tariq Ali e Allyson Pollock.

As causas económicas e políticas da epidemia de ébola

Em quase nenhuma das informações sobre o ébola aparecidas na maioria dos meios de informação se falou das causas profundas da epidemia do ébola nestes países, sendo a primeira a enorme miséria da grande maioria da população. Por Vicenç Navarro.

Ébola: quem são os artífices da morte e como os combater?

Se a pandemia do ébola continuar a progredir ao ritmo atual, de aqui a janeiro de 2015, poderá afetar 1,4 milhões de pessoas na Libéria e na Serra Leoa. Os dois países mais afetados poderão assistir num ano ao desaparecimento de quase 10% da sua população. Daí que seja urgente compreender as suas causas para procurar evitar o pior e prevenir tragédias parecidas. Por Jean Batou.

Ébola provoca crise alimentar na África ocidental

A epidemia de ébola na África ocidental, que oficialmente já matou mais de 4.500 pessoas, também ameaça desencadear uma crise alimentar nos países onde se concentra, por si só já assolados pela pobreza e pela fome. Por Thalif Deen da IPS

Ébola: A “falência moral” da indústria farmacêutica

O principal médico de saúde pública do Reino Unido defende que a culpa pelo fracasso em encontrar uma vacina contra o vírus do Ébola reside na “falência moral” da indústria farmacêutica em investir numa doença porque a mesma só afetou, até agora, pessoas em África — apesar das centenas de mortes. Por Jane Merrick, no The Independent.

A militarização da epidemia de ébola

Poucas pessoas se oporiam a uma sólida resposta dos Estados Unidos à crise de ébola, mas a natureza militarizada do plano da Casa Branca apresenta-se no contexto de uma militarização mais extensa liderada por Washington na região. Por Joeva Rock.

Peter Piot: “Em 1976 descobri o ébola. Hoje temo uma tragédia inimaginável”

O microbiólogo que descobriu o ébola, fala do surto atual em África como “tempestade perfeita”, salientando que “nesta epidemia houve muitos fatores que eram adversos desde o princípio”. Peter Piot refere que a OMS reagiu tarde, entre outras causas, porque “tem sofrido grandes cortes orçamentais decididos pelos estados membros”.

Três empresas com fármacos contra o ébola aumentam o seu valor em 1.100 milhões

As empresas norte-americanas Chimerix e BioCryst e a canadiana Tekmira têm fortes subidas desde a deteção dos primeiros casos do surto do ébola. Nenhuma chega à centena de empregados e todas estão cotadas no índice tecnológico Nasdaq. A grande incógnita é quanto valerá o fabricante do ZMapp, que não está cotada em bolsa.