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Bloco destaca papel de Chávez na luta “contra o imperialismo e contra o FMI”

A eurodeputada do Bloco de Esquerda Alda Sousa reagiu à morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, destacando a sua "luta muito importante contra o imperialismo e contra o FMI”. Em comunicado, o Partido de Esquerda Europeia lembrou que, "enquanto que na Europa a democracia está a falhar, na Venezuela a democracia participativa tornou-se num sinal de identidade".

“Hugo Chávez foi um dos rostos que, no continente sul-americano, esteve num vasto movimento que procurou libertar o continente da dependência do FMI e que procurou criar um modelo de desenvolvimento alternativo. Teve, de facto, uma luta muito importante contra o imperialismo e contra o FMI”, adiantou a eurodeputada Alda Sousa em declarações à agência Lusa.

Lembrando que Hugo Chávez ganhou as últimas eleições com uma grande maioria e um forte apoio popular, a eurodeputada salientou “a força de combate e vontade de combate” do Presidente da Venezuela, salientando “a forma que sempre teve de estar com o seu povo”.

“Vamos ver como é que se irão desenrolar essas relações comerciais e as relações políticas com a Venezuela. Penso que neste momento ainda há muita coisa que está em aberto e que não é possível ter certezas, nem ter opiniões muito formadas em relação ao futuro”, afirmou ainda Alda Sousa.

"A democracia participativa na Venezuela tornou-se num sinal de identidade"

Em comunicado, o Partido da Esquerda Europeia expressa as condolência perante a morte de Hugo Chávez:

“Em primeiro lugar, queremos expressar as nossas condolências à sua família e amigos e também ao povo venezuelano, que continuou a votar e a apoiar Hugo Chávez.

Este apoio popular é visível na luta contínua do povo no sentido de construir uma república Bolivariana da Venezuela, caracterizada pela justiça social, solidariedade e outra redistribuição da riqueza, do acesso à educação, saúde e cultura.

Todas essas conquistas são apoiadas e valorizadas pelos venezuelanos que, apesar de todo o tipo de pressões, incluindo um golpe de Estado vindo do exterior, mas também a partir da oligarquia venezuelana, apoiou a Revolução Bolivariana e Hugo Chávez até o fim.

É conveniente lembrar que, enquanto que na Europa a democracia está a falhar, na Venezuela a democracia participativa tornou-se num sinal de identidade.

Por outro lado, o papel desempenhado por Hugo Chávez tem de ser reconhecido por causa da ALBA, um processo exemplar de integração regional e uma forma de fortalecer a América Latina e a sua democracia.

Expressamos o nosso desejo ao povo da Venezuela de um processo tranquilo que seja capaz de avançar ainda mais no progresso social, transformação e justiça.
 
Partido da Esquerda Europeia,
2013/06/03"

 

Partido da Esquerda Europeia.

política: 
Hugo Chávez
(...)

Neste dossier:

Hugo Chávez

A morte de Hugo Chávez afasta do cenário venezuelano e latino-americano um dos seus líderes mais influentes. O presidente da Venezuela foi um dos que impulsionou um vasto movimento que procurou libertar o continente da dependência do FMI e criar um modelo de desenvolvimento alternativo. Neste dossier, traçamos o perfil do líder bolivariano e abrimos a discussão sobre o futuro da Venezuela sem Chávez.

Chávez: nem herói, nem tirano

Foi um político do século XXI que chegou ao poder pelos votos e o manteve durante 14 anos graças ao apoio popular. E foi também o primeiro grande líder da etapa pós-neoliberal da América Latina, começando a explorar um caminho pelo qual depois avançariam outros países. Por José Natanson, Brecha

Morreu Hugo Chávez

Anúncio foi feito pelo vice-presidente Nicolás Maduro. Presidente venezuelano não resisitiu à quarta cirurgia ao cancro diagnosticado em 2011. Era um dos políticos mais influentes da América Latina das últimas décadas, que venceu todas as eleições a que se candidatou.

O porquê do ódio a Chávez

Ignacio Ramonet e Jean-Luc Mélenchon assinam este texto demolidor acerca da campanha mediática contra Hugo Chávez, escrito nas vésperas das presidenciais de outubro passado.

Reações internacionais à morte de Hugo Chávez

A notícia da morte de Hugo Chávez correu mundo em poucos minutos. O esquerda.net transcreve, neste artigo, algumas das reacções face à morte do presidente venezuelano. Última atualização às 12h05 de 06/03.

Perfil: "A política é apaixonante"

Chávez irrompeu na política com um golpe de estado fracassado, mas quando se candidatou nunca perdeu umas eleições. Ao fim de 14 anos de poder, a mortalidade infantil caiu pela metade, o analfabetismo foi erradicado, o número de professores multiplicado por cinco e a Venezuela foi o país sul-americano que alcançou (junto com o Equador), entre 1996 e 2010, a maior redução da taxa de pobreza.

Em mais de uma década no poder, Chávez usou o petróleo para financiar programas sociais contra a pobreza

Nos quase 14 anos como presidente da Venezuela, o tenente-coronel reformado Hugo Chávez construiu uma imagem associada ao bolivarianismo. Dono do lema “socialismo do século XXI”, ampliou o papel do Estado na economia com nacionalizações, controlo de preços e parcerias público-privadas. Reportagem da revista CartaCapital.

À Venezuela o que era de Chávez

Hugo Chávez quis Nicolás Maduro como sucessor. Mas nada garante que os outros nomes mais próximos aceitem a escolha sem ressentimentos. O que fará Diosdado Cabello, presidente da Assembléia Nacional? E Elias Jaua, chavista radical? E Francisco Arias Cárdenas, militar intelectualizado, influente entre os novos governadores? E o físico Adán Chávez, irmão mais velho e o principal mentor ideológico? Por Eric Nepomuceno, Carta Maior.

Bloco destaca papel de Chávez na luta “contra o imperialismo e contra o FMI”

A eurodeputada do Bloco de Esquerda Alda Sousa reagiu à morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, destacando a sua "luta muito importante contra o imperialismo e contra o FMI”. Em comunicado, o Partido de Esquerda Europeia lembrou que, "enquanto que na Europa a democracia está a falhar, na Venezuela a democracia participativa tornou-se num sinal de identidade".

Este era Hugo Chávez no Twitter

Desde que abriu sua conta na rede social, Hugo Chávez escreveu 1.824 tweets e conseguiu ser seguido por 4.139.513 pessoas. Por Adital

Venezuela: A revolução não será televisionada

Este documentário de Kim Bartley e Donnacha O'Briain seria sobre Hugo Chávez, mas acabou por recolher imagens únicas da reação ao golpe de abril de 2002, apoiado pelos media privados, empresários, militares oposicionistas e o governo dos EUA.