João Ferreira Dias

João Ferreira Dias

Doutorado em Estudos Africanos pelo ISCTE-IUL. Mestre em História e Cultura das Religiões pela FLUL. Investigador Integrado do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-IUL.

Uma das marcas do governo de Bolsonaro é a Reforma da Previdência (segurança social). Recomendada pelo FMI e uma necessidade de longa data do país, a Reforma da Previdência esconde as assimetrias brasileiras.

Por mais paradoxal que possa parecer, este despertar serve de prova da existência de um problema estrutural e de longo-termo de racismo em Portugal.

A laicidade não resolve o problema da invisibilidade das minorias religiosas nem combate os preconceitos sociais.·

Falar de invisibilidade social diz respeito à existência de sujeitos que se encontram numa situação social vulnerável e marginalizada, seja pela via da indiferença, seja pelo preconceito.

Nem a Esquerda nem a Direita ficaram iguais depois das eleições. No dia seguinte, amanheceu-se num Portugal partidariamente diferente e que reflete o quadro socioideológico português.

Para compreender o projeto em marcha no governo de Jair Bolsonaro não basta tomar em consideração o papel do cinema e da produção televisiva na construção de ideais nacionalistas. Há um segundo elemento: a religião.

Quando a edificação de um museu origina debates acesos é porque a temática que visa abordar carece de resolução social, isto é, a sociedade não se pacificou com o assunto.

As eleições de outubro poderão ditar um novo mapa partidário e eleitoral português. As mais expressivas modificações aparecerão à Direita, e há muita gente apostada em que isso aconteça.

A vitória da propriedade privada tornou o espaço público carente de preocupação, emergindo uma lógica assente na ideia do público como abstrato. Esta lógica precisa ser revertida, comprometendo os cidadãos com o espaço coletivo.

A ideologia de género, propriamente dita, existe de forma mais evidente na cabeça daqueles que a propõem combater do que naqueles que são os seus alvos.