Joana Mortágua

Joana Mortágua

Dirigente do Bloco de Esquerda, licenciada em relações internacionais.

Ainda estamos no tempo das decisões individuais. Quando esse tempo passar, espero que em breve, gostaria de apoiar um candidato que seja claramente a favor do reconhecimento da Palestina e que possa levar a resistência democrática e a defesa dos direitos constitucionais à segunda volta das presidenciais. António Sampaio da Nóvoa cumpre estes critérios e, se avançar, terá o meu apoio.

Na Cimeira da NATO, Europa adota remilitarização por consenso contra ‘perigo existencial’, ignorando que os perigos reais estão entranhados na própria sociedade.

O progresso nos direitos das mulheres obtido com a lei que reconheceu a violência obstétrica é intolerável para os partidos que suportam o Governo de Luís Montenegro.

Ricardo Costa lamenta que "a economia, o crescimento ou os impostos" se tenham tornado "temas de segunda categoria”, responsabilidade do binómio “Woke/Anti-Woke”. No entanto, preferiu omitir o “extremismo” de quem escondeu o próprio programa e anunciou deportações em plena campanha eleitoral.

Não há uma conquista feminista neste país que não tenha a marca do Bloco de Esquerda! Há quem em Portugal, dizendo que defende os direitos das mulheres, exerce uma cumplicidade oportunista. Essa é a tarefa da direita portuguesa que toda unida no parlamento está “unida numa guerra cultural contra a igualdade de género.

Entregar à gestão privada o Hospital Garcia de Orta não serve a população e os serviços de saúde na margem sul. Trata-se de um preconceito ideológico relativo aos supostos benefícios da presença de privados no SNS e vai apenas contribuir para a sua desarticulação.

Rapidamente professores, movimentos das pessoas com deficiência e várias outras pessoas e entidades manifestaram repúdio contra a intervenção do Chega sobre deficiência. O que aconteceu no Parlamento não é normal nem aceitável. Mas os tempos que vivemos são perigosamente anormais.

Passou mais de um mês e nada mudou: todas as manhãs a população do distrito de Setúbal continua a sofrer para apanhar o comboio. A Fertagus não está a cumprir o serviço público a que está obrigada e está a vedar a milhares de trabalhadores do direito à mobilidade.

Inês de Medeiros apresentou o Orçamento da Câmara Municipal de Almada para 2025. Um orçamento e uma Câmara de especulação imobiliária contra o direito à habitação. De lucros às grandes empresas contra baixar a fatura da água às famílias. De externalizações privadas contra os serviços públicos.

A população mundial não está do lado do genocida. Israel está em descrédito internacional, em crise política e em direção ao desastre. Hoje, mais do que nunca, solidariedade com a resistência anticolonial palestiniana.