Joana Mortágua

Joana Mortágua

Deputada e dirigente do Bloco de Esquerda, licenciada em relações internacionais.

Entregar à gestão privada o Hospital Garcia de Orta não serve a população e os serviços de saúde na margem sul. Trata-se de um preconceito ideológico relativo aos supostos benefícios da presença de privados no SNS e vai apenas contribuir para a sua desarticulação.

Rapidamente professores, movimentos das pessoas com deficiência e várias outras pessoas e entidades manifestaram repúdio contra a intervenção do Chega sobre deficiência. O que aconteceu no Parlamento não é normal nem aceitável. Mas os tempos que vivemos são perigosamente anormais.

Passou mais de um mês e nada mudou: todas as manhãs a população do distrito de Setúbal continua a sofrer para apanhar o comboio. A Fertagus não está a cumprir o serviço público a que está obrigada e está a vedar a milhares de trabalhadores do direito à mobilidade.

Inês de Medeiros apresentou o Orçamento da Câmara Municipal de Almada para 2025. Um orçamento e uma Câmara de especulação imobiliária contra o direito à habitação. De lucros às grandes empresas contra baixar a fatura da água às famílias. De externalizações privadas contra os serviços públicos.

A população mundial não está do lado do genocida. Israel está em descrédito internacional, em crise política e em direção ao desastre. Hoje, mais do que nunca, solidariedade com a resistência anticolonial palestiniana.

Os almadenses não têm poupado Executivo PS/PSD de Inês de Medeiros: a sua incompetência constitui um risco à saúde pública, uma desvalorização do nosso território e um mal-estar social inadmissível.

A semana de 4 dias não é uma utopia. É um imperativo de modernidade e de respeito. É apenas uma questão de quando. E o Bloco cá estará para dar força a esta ideia de uma vida para lá do trabalho.

O 25 de novembro não é a reposição da normalidade democrática nem do suposto verdadeiro espírito do 25 de abril. Não tem essa importância histórica. O processo revolucionário deixou marcas profundas na democracia portuguesa, desde logo e mais evidentemente na Constituição.

A visão de(s)colonial da História é uma necessidade para todos. Respeitar Portugal é falar da nossa história toda. A escolha que temos de fazer é entre acompanharmos o debate europeu ou ficarmos amarrados à propaganda antiga, repetindo um tempo de proibição e de censura.

Abril não recua, em Maio continua. A história não parou e sim, são vocês, trabalhadores e trabalhadoras, que fazem a história todos os dias. Faremos história com mais salário, menos desigualdade e mais tempo para viver.