Francisco Alves

Francisco Alves

Ativista laboral e social, Ex-dirigente sindical

Precisamos de continuar a dar passos certos e seguros para não estagnarmos no caminho da mudança à esquerda.

Em 2017 a esquerda precisa de fazer mais e melhor para retirar da legislação laboral “as marcas da troika e da direita”, entre as quais a redução dos dias de férias.

Dia 19 de dezembro é a red line para os patrões tirarem as ilusões quanto a um acordo de concertação alargado que inclua aumento insignificante do Salário Mínimo Nacional.

Precisamos de agir para avançar, e isso faz-se na luta e concretiza-se no campo institucional, revendo as normas do Código do Trabalho que desregulamentaram as relações laborais a favor do capital.

Vencida esta primeira batalha contra a aplicação de sanções, não podemos baixar a guarda, porque as diversas instituições da UE vão manter e exercer todo o tipo de pressões para que as políticas austeritárias voltem a estar presentes no Orçamento de Estado para 2017.

Passados cinco anos de extrema austeridade, vamos celebrar o próximo 25 Abril e o 1º de Maio sem a “canga da troika” em Portugal.

Aprovado o Orçamento do Estado para 2016, importa aos trabalhadores saber como devem atuar os sindicatos neste novo ciclo político, dum governo PS, suportado pelos partidos à sua esquerda na Assembleia da República.

Vamos estar também no dia 26 de Outubro na manifestação promovida pelo Que Se Lixe a Troika. Não desistimos de trabalhar e construir caminhos de unidade que mais cedo que tarde, nos tragam os resultados por que lutamos.

Comemoramos o 43º Aniversário da CGTP-IN com um novo ciclo para juntar forças à esquerda sem exclusões, onde a exigência da demissão do governo PSD/CDS e a realização de eleições antecipadas estarão certamente presentes.

Em tempos de austeridade global, a resposta popular tem assumido cada vez mais expressão nas ruas em todo o mundo. Em Portugal é fundamental exigir que a democracia não fique refém dos mercados.