Arrancou esta quarta-feira e decorre até 20 de julho a 13ª edição da Sementeira, evento cultural promovido anualmente pelo Bloco de Esquerda de Viseu. Esta “celebração comunitária da cultura enquanto ferramenta de empatia e criação de laços, fruição do espaço público e luta política” volta a trazer artistas que se inscreveram no último mês para partilharem a sua pintura, escultura, projecção de filmes, música, dança, debates, oficinas, teatro, entre outros. A organização explica que “como a designação do evento pretende sugerir, o objetivo é dar a conhecer o talento de artistas de toda a natureza, idade e proveniência, bem como com qualquer nível de experiência: lançar as sementes”.
Este ano, a Sementeira celebra uma das conquistas da Revolução de Abril, a Reforma Agrária, reeditando o mote “a terra a quem a trabalha” como “a Terra a quem vive nela”, “grafando a palavra ‘terra’ com ‘T’ maiúsculo e alargando o verbo ‘trabalhar’ ao verbo ‘viver’, distinguindo nesse movimento a vida desta forma de existência predatória”.
“A Sementeira é, há 13 anos, um espaço, um tempo, um espírito de encontros imprevisíveis e frutuosos entre pessoas de todas as proveniências com o mesmo desejo de desafiar a auto-censura, o conservadorismo, o imobilismo; de convocar a alegria revolucionária de criar em conjunto, de cabermos-cá-todxs, de escancarar janelas, de «desenhar uma nova topografia do possível»”, refere o manifesto desta edição.
Esta quarta-feira foi inaugurada a exposição coletiva que pode ser vista, tal como as restantes atividades, na Rua das Ameias nº6, a sede do Bloco em Viseu que é novamente a casa da Sementeira.