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A pandemia provou que é o SNS que responde pelo país

O povo português não se deixou derrotar nem pela ameaça da doença, nem pela desumanização da resposta, destaca Marisa Matias, que refere: “Quanto à intervenção do Senhor Presidente, registamos a referência ao Serviço Nacional de Saúde e ao heroísmo dos seus profissionais”.
O povo português não se deixou derrotar nem pela ameaça da doença, nem pela desumanização da resposta, destaca Marisa Matias.
O povo português não se deixou derrotar nem pela ameaça da doença, nem pela desumanização da resposta, destaca Marisa Matias

A eurodeputada Marisa Matias, em vídeo enviado aos órgãos de comunicação social, reagiu ao discurso do Presidente da República no 10 de junho.

Marisa Matias valorizou o SNS, sublinhando a aprovação da Lei de Bases da Saúde, e lembrando: “uma aprovação feita pela esquerda parlamentar apesar da oposição do próprio Presidente da República”,

“Esse caminho prosseguiu depois com as opções do último Orçamento de Estados e deste orçamento suplementar, que reforçam o orçamento do Serviço Nacional de Saúde em cerca de 1500 milhões de euros”, salientou a eurodeputada, recordando “a resposta extraordinária dos hospitais públicos, enquanto os privados fechavam as portas, provou que o Serviço Nacional de Saúde é o que responde pelo país”.

“Acompanhamos a referência de D. José Tolentino de Mendonça aos idosos que não podem ser abandonados, aos jovens que não podem ser precários, aos imigrantes que não podem ser secundarizados, aos cuidadores que não podem ser esquecidos”, apontou ainda Marisa Matias.

Intervenção de Marisa Matias no dia 10 de junho, na íntegra

“Perante a ameaça da doença e da desumanizacao da resposta, o povo português não se deixou derrotar nem por uma nem por outra. A pandemia ensinou-nos que os bens essenciais do país são o trabalho e os serviços públicos.

Quanto à intervenção do Senhor Presidente, registamos a referência ao Serviço Nacional de Saúde e ao heroísmo dos seus profissionais. É verdade que este é o momento para as alterações estruturais e não para os remendos. Começámos a fazê-lo com a aprovação da Lei de Bases da Saúde, uma aprovação feita pela esquerda parlamentar apesar da oposição do próprio Presidente da República. A Lei de Bases da Saúde protegeu o Serviço Nacional de Saúde e acabou com a obrigação de o Estado financiar o negócio privado da saúde. Esse caminho prosseguiu depois com as opções do último Orçamento de Estados e deste orçamento suplementar, que reforçam o orçamento do Serviço Nacional de Saúde em cerca de 1500 milhões de euros. Ainda bem que o fizemos: a pandemia, com a resposta extraordinária dos hospitais públicos, enquanto os privados fechavam as portas, provou que o Serviço Nacional de Saúde é o que responde pelo país. Não está tudo feito: é preciso que o reconhecimento dos profissionais passe das palavras aos actos e continuar a reforçar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde público e universal. Da mesma forma é preciso proteger todos os trabalhadores da precariedade. Sabemos que muitos dos trabalhadores essenciais referidos pelo senhor presidente não têm direitos laborais.

Acompanhamos a referência de D. José Tolentino de Mendonça aos idosos que não podem ser abandonados, aos jovens que não podem ser precários, aos imigrantes que não podem ser secundarizados, aos cuidadores que não podem ser esquecidos. É este povo, na sua diversidade e com a sua energia, que constrói o país e vencerá a pandemia”.

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