“Os trabalhadores da TAP estão a defender os interesses do país”

17 de dezembro 2014 - 14:40

Após uma reunião com a Comissão de Trabalhadores da TAP, Catarina Martins salientou que a greve dos trabalhadores da TAP, a ter lugar entre os dias 27 e 30 de dezembro, “sendo marcada contra a privatização da empresa, é, precisamente, uma greve para defender quem quer vir passar o Natal e o turismo no nosso país”.

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Contrariando o “discurso muito agressivo” do Governo PSD/CDS-PP, que acusa os trabalhadores de promover um ataque contra os interesses do país e, nomeadamente, pôr em causa os emigrantes que querem vir passar o natal e o turismo em Portugal, a porta voz da Comissão Permanente do Bloco de Esquerda defendeu que esta é uma “greve responsável em nome do país”

“O que os trabalhadores nos vieram dizer, e o Bloco de Esquerda acompanha-os, é que, de facto, esta greve, sendo marcada contra a privatização da TAP, é, precisamente, uma greve para defender quem quer vir passar o Natal e o turismo no nosso país”, avançou Catarina Martins.

"O que o Governo quer é privatizar a TAP e, com isso, vai pôr em causa o turismo, poder-se vir a casa passar o Natal não este ano, mas em todos os anos", reforçou a dirigente bloquista, frisando que “nós sabemos o que aconteceu com companhias aéreas que foram privatizadas e que perderam as rotas de longo curso para os seus aeroportos”, tendo o turismo sido desviado para outras capitais.

Segundo Catarina Martins, “os trabalhadores da TAP estão a defender os interesses do país”, e, "a melhor forma de defender o país, de evitar problemas neste Natal e noutros, é o Governo desistir da privatização".

"Basta abandonar a privatização e temos a certeza de que este Natal os voos decorrerão com normalidade e de que, nos anos seguintes, também continuarão a acontecer com normalidade", referiu.

“Esta é uma luta essencial”, destacou a porta voz da Comissão Permanente do Bloco, afirmando que “os portugueses sabem hoje, com o que aconteceu com a PT, com a Cimpor, que não há promessa nenhuma sobre os processos de privatização que garanta, de facto, o interesse nacional”.

“Se a privatização for para a frente, os próximos natais todos estarão em causa, e é por isso que a luta contra a privatização é a luta que defende o serviço aéreo”, rematou.