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Como a EDP colonizou o gabinete de Manuel Pinho
Segundo noticia o jornal Expresso, documentos enviados pela EDP ao parlamento deixam claro que, enquanto Manuel Pinho era assessorado por João Conceição, funcionário pela Boston Consulting Group (BCG), esta consultora era paga pela EDP. A situação prolongou-se por mais de um ano, até à saída de João Conceição dos quadros da BCG em agosto de 2008. De então até março de 2009, João Conceição continuou no gabinete de Pinho, mas agora pago por um acionista da EDP, o Millenium BCP.
Correspondência enviada pelo Ministério Público ao Parlamento demonstra que foram os administradores da EDP, António Mexia e João Manso Neto, quem negociou o enquadramento e a remuneração paga pelo banco ao assessor do Ministro da Economia.
Para Jorge Costa, deputado do Bloco, “a raposa estava no galinheiro”. Ou seja, “a EDP não influenciou - ela estava mesmo sentada no gabinete do Dr. Manuel Pinho” através da pessoa de João Conceição que classifica como “um pivô de todo este processo”.
Recorde-se que este engenheiro já tinha ido da BCG para o Ministério da Economia em 2003, quando foi produzida a legislação que deu origem aos CMEC (o regime que compensava a EDP por passar a ter de vender a sua eletricidade no mercado ibérico de eletricidade), voltando a aparecer nos gabinetes de governo com Manuel Pinho, no governo Sócrates, quando os CMEC entraram em vigor e foi prolongada a concessão das barragens.
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