Reagindo às declarações do primeiro-ministro António Costa em entrevista ao Expresso, no sentido de que está disposto a negociar com o Bloco o próximo Orçamento do Estado, Catarina Martins frisou que “não é possível começar a negociar um novo Orçamento quando o PS ainda não cumpriu os acordos firmados” no Orçamento para 2020.
“O Bloco leva muito a sério os nossos compromissos com quem constrói este país”, afirmou Catarina num encontro com trabalhadores das pedreiras em Penafiel, avançando que não é possível “dar mais passos sem exigir que o que foi acordado seja cumprido”.
Em causa está o reforço do Serviço Nacional de Saúde com mais dinheiro e mais gente, cuja verba está prevista no OE’2020, e o fim do fator de sustentabilidade para as carreiras de desgaste rápido, como é o caso dos mineiros e trabalhadores das pedreiras.
“A promessa foi feita”, mas “não foi cumprida”, lembrou a coordenadora bloquista.
Defender quem trabalha, quem ficou desempregado, quem ficou sem nada e quem recebe apoios de miséria, mudar as leis laborais, para que não sejam sempre os mesmos a pagar a crise; garantir serviços públicos que possam responder às pessoas; “acabar com o desmando de uns poucos que tiram o que é de todos”, como é o caso do Novo Banco, são prioridades para o Bloco.
“Não vamos transigir”, assegurou a coordenadora bloquista, apontando que “o que é mais importante neste país é fazer justiça a quem trabalha e a quem trabalhou toda uma vida e assegurar os cuidados necessários” à população.
