O Conselho Nacional do Bloco Democrático de Angola divulgou um “Comunicado em homenagem ao 25 de Abril”, por ocasião do 46º aniversário da Revolução dos Cravos.
No documento, a força política angolana lembra que o derrube do regime fascista português, “tornou possível coroar de êxitos a longa resistência dos povos de Guiné –Bissau, Moçambique, Angola, Portugal, Cabo-Verde e S.Tomé e Príncipe”.
Recorda também que a libertação da ditadura fascista “representou o início de uma viragem histórica da sociedade portuguesa e do processo de transição para a independência dos povos então submetidos ao colonialismo Português”.
“Para o BD, em certo sentido e no que diz respeito aos angolanos, o 25 de Abril representou também a resposta de dignidade do povo português ao povo Angolano pelos apelos lançados desde o 15 de Março de 1961!”, sublinha o comunicado, lembrando que a revolução “restituiu aos portugueses os direitos, as liberdades fundamentais e a democracia e aos angolanos e demais povos colonizados o seu direito à Independência”.
O comunicado refere que “a comemoração do 46º aniversário de 25 de Abril ocorre num momento particularmente crítico para a grande maioria dos angolanos”, numa grave situação em que à pandemia se veio juntar à queda do preço do barril do petróleo, “ambas letais para a economia Angolana”.
O Bloco Democrático de Angola advoga que o 25 de Abril “tenha em Angola a dignidade de uma data de inspiração nacional” e reafirma a sua “opção pela Mudança”, defendendo o fim do “monopólio político do partido único”, as liberdades públicas, o pluralismo político, a separação de poderes, a autonomia da sociedade civil e a “realização regular de eleições presidenciais, legislativas e autárquicas”.
Abaixo em vídeo, entrevista do esquerda.net a Luís Fernandes do Nascimento do Bloco Democrático de Angola, realizada durante a XI Convenção do Bloco em outubro de 2018.
