Numa pergunta entregue terça-feira na Assembleia da República, as deputadas do Bloco de Esquerda Catarina Martins e Ana Drago, exigem explicações ao Governo sobre as razões do fecho da Escola Móvel, projecto de ensino à distância, e sobre as alternativas de ensino para os 110 alunos afectados. Para o Bloco, a medida do governo só pode ter duas origens: “Ou estas crianças já não estão em risco de insucesso escolar precoce e de exclusão social, ou o Ministério considera que estes dois indicadores não merecem os custos que a aplicação deste programa acarreta ao Estado”.
A pergunta foi dirigida ao Ministério da Educação no mesmo dia em que a comunicação social divulgou a decisão do governo de encerrar o projecto de ensino à distância dirigido aos filhos de profissionais itinerantes, criado em 2005/2006. Na pergunta as deputadas destacam que ainda em Julho do ano passado o Governo “considerou importante o investimento na Escola Móvel, publicando uma portaria no sentido de a regulamentar”.
O Bloco insiste em conhecer a avaliação feita para sustentar a decisão de encerramento do projecto, e se o Governo sabe qual é o valor que irá poupar. “Infelizmente, parece-nos evidente, esta medida mais não é do que mais um passo na política de corte cego e contenção financeira do Ministério da Educação”, afirmam as deputadas na pergunta dirigida ao Ministério da Educação.
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