Foi numa entrevista concedida ao canal Russia Today, transmitida esta quinta-feira, que al-Assad afirmou não favorecer as negociações com as Forças Democráticas da Síria (FDS). Contudo, “se isso não funcionar”, acrescentou, “vamos libertar os territórios pela força”.
No final de abril, iniciaram-se confrontos entre as forças do regime sírio e os combatentes das FDS na província de Deir-Ezzor, anteriormente nas mãos do Estado Islâmico. Esta província é rica em petróleo e já tinha sido disputada entre o regime sírio, apoiado pela Rússia, e as FDS, apoiadas pelos EUA.
Deir-Ezzor é hoje controlada pelo regime sírio, assim como toda a margem ocidental do rio Eufrates. As FDS controlam a costa oriental.
Bashar al-Assad também afirmou na referida entrevista que se evitou que houvesse um confronto direto entre a Rússia e os Estados Unidos na Síria: “Estivemos perto de um confronto direto entre as forças russas e norte-americanas e, felizmente, isso foi evitado”.
O conflito na Síria, desencadeado em 2011 pela repressão governamental a manifestações pro-democracia, tornou-se mais complexo com o tempo e envolvimento de países estrangeiros e grupos extremistas, sendo hoje um território fraccionado onde já morreram mais de 350 mil pessoas e de onde milhões de refugiados fugiram.