Mariana Mortágua diz que governo anunciou acordo de rendimentos em que patrões não precisam de cumprir aumentos, dando uma borla fiscal inédita às grandes empresas. E critica Medina porque "no dia em que sabemos que o governo tem o maior excedente orçamental da Zona Euro", "traz na proposta de orçamento cortes reais nos salários".
No Parlamento, Mariana Mortágua confrontou Fernando Medina com o facto do governo ter anunciado um acordo de rendimentos "em que os patrões não precisam de cumprir os aumentos salariais". E "se o acordo não serve para aumentar salários, então apenas serve para dar uma borla fiscal inédita e sem contrapartidas às grandes empresas". Em 2022, o ministro das Finanças afirmou que a regra era atualizar os salários da função pública à inflação. Hoje, Fernando Medina diz que vai compensar a função pública pela inflação de 2023. "As regras são alteradas consoante o que dá jeito ao governo", questiona.
E critica: "no dia em que sabemos que o governo tem o maior excedente orçamental da Zona Euro, o ministro das finanças traz na proposta de orçamento cortes reais nos salários". O governo rasgou a lei das atualizações das pensões e deixa em aberto um corte em 2024. Ao trazer para 2022, sob a forma de apoio extraordinário a pensão a que as pessoas já tinham direito, o governo elaborou um truque para fazer desaparecer 1000 milhões em folga orçamental.