Orçamento do Estado 2012

Em entrevista à SIC, Passos Coelho admitiu que em 2012, com a recessão a agravar-se e o país ainda mais pobre, o Governo poderá estender os cortes ao sector privado. José Gusmão criticou a "descontração" com que o PM já discute novos ataques ao salário, passadas apenas poucas horas da aprovação do "Orçamento mais violento e injusto da história da nossa Democracia".

Bloco acusa a Junta Metropolitana do Porto de estar numa posição de “aceitação submissa e subserviente” aos cortes que atingem a região. O OE'2012 é “uma desgraça para o Porto”, defende o deputado João Semedo.

Ana Drago acusa Passos Coelho de nada dizer sobre a situação europeia, embora se comporte como "o Primeiro-ministro que é o delegado dos credores internacionais que vai fazer a cobrança aos trabalhadores e pensionistas, aos jovens e aos utentes do SNS".

Cecília Honório confronta o Primeiro-ministro sobre as "agruras" dos trabalhadores da função pública e pensionistas que verão cortados os subsídios de férias e de Natal, e pergunta se o Governo está disponível para taxar quem, de facto, vive acima das possibilidades do país, "taxando o património de luxo"?

No início do debate sobre o OE'2012, Francisco Louçã critica o "discurso envergonhado" do Primeiro-ministro, que "não se deu ao trabalho de justificar uma única medida que tem efeito na vida das pessoas", nem "o orçamento que abandona o país".

No início do debate sobre o OE'2012, Francisco Louçã criticou o "discurso envergonhado" do Primeiro-ministro, que "não se deu ao trabalho de justificar uma única medida que tem efeito na vida das pessoas", nem "o orçamento que abandona o país".

“A atitude que o PS teve foi uma atitude muito construtiva e muito positiva”, afirmou Miguel Relvas. “O PS regista como sendo muito positiva a declaração do ministro Miguel Relvas, afirmou João Ribeiro, secretário nacional do PS. “A abstenção foi a posição mais coerente, mais responsável e mais inteligente que António José Seguro podia tomar”, veio reforçar Marques Mendes.

Os Precários Inflexíveis explicam em menos de quatro minutos o que podemos esperar da proposta de Orçamento do Estado que Passos Coelho e Paulo Portas apresentam ao país.

No encerramento da interpelação do Bloco de Esquerda ao governo, deputado acusa o executivo de revanchismo social, de querer alterar drasticamente as relações de trabalho a favor do capital. E acusa o governo de ter a política de “empobrecer para melhorar” com a ilusão de assim atrair o capital estrangeiro.

Reduzir 750 milhões de euros no financiamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS), “significa seguramente o fecho de serviços de urgência e a concentração de especialidades", afirmou o deputado do Bloco João Semedo, que defendeu que o Governo deve “abrir previamente um período de consulta e discussão pública”.

Luís Fazenda critica a maioria de direita que traz ao parlamento a "verdade da mentira" com o roubo às expectativas sociais da maioria dos cidadãos. A solução é "responder aos desígnios das marchas de indignação e da greve geral", disse.

Os salários mais baixos são sacrificados no IRS que o governo propõe para 2012. E as simulações feitas pela consultora PricewaterhouseCoopers mostram que quanto maior o salário, mais se acaba por poupar em relação ao IRS de 2011.

O ex-deputado socialista acusa a maioria de direita de ter “ressentimento e ressabiamento vingativo em relação ao funcionalismo público e pensionistas”. E o ex-candidato presidencial defende que "o PS não deve caucionar este Orçamento". Já o ex-líder patronal Van Zeller diz que a meia hora adicional de trabalho no privado "não fará diferença" e que os empresários poderão também cortar os subsídios de Natal e férias aos trabalhadores.

O movimento FERVE acusa Passos Coelho de ter mentido na semana passada, quando prometeu salvar um dos subsídios a quem ganhe menos de mil euros. A proposta de Orçamento só prevê isso para salários abaixo dos 650 euros por mês. E a CGTP apelou aos trabalhadores para que assumam o direito de resistência previsto no artigo 21º da Constituição para combater as medidas propostas no OE'2012.

A economia portuguesa vai retrair-se 2,8% no próximo ano. Mesmo tratando-se de um cenário macroeconómico “demasiado optimista”, de acordo com o Bloco de Esquerda, é o pior desempenho da economia desde 1975. O desemprego, diz o governo, vai chegar aos 13,4%.