Glifosato - o herbicida cancerígeno

Uma rede de associações colocou o prolongamento da autorização do uso de glifosato na União Europeia no Tribunal de Justiça da União Europeia por esta faltar ao dever de proteção da saúde pública, rejeitar provas científicas e “negligenciar as investigações revolucionárias sobre o cancro”.

Apesar dos alertas da OMS sobre o potencial cancerígeno de um dos herbicidas mais usados, a falta de um acordo entre os 27 países da UE permitiu à Comissão Europeia prolongar o seu uso por mais uma década.

A Rede Europeia de Ação Contra os Pesticidas e outras associações apresentaram queixa contra a empresa na Procuradoria Pública de Viena. A empresa está obrigada a apresentar todos os estudos sobre os efeitos da substância mas omitiu dados que colocavam em causa a sua segurança.

No último ano em que há dados, a venda de glifosatos em Portugal atingiu um pico de mais de 1.800 toneladas. As vendas deste químico declarado potencialmente cancerígeno representam 77,8% do total de vendas de herbicidas no nosso país.

A surpresa veio do PCP, que mudou o seu voto para se juntar à direita. Assim chumbou a proibição do uso deste herbicida cancerígeno no espaço público.

Nelson Peralta

A Plataforma Transgénicos Fora defende a urgência da proibição do glifosato, após a nova classificação pela Organização Mundial de Saúde.

O efeito do glifosato na saúde humana tem sido documentado por estudos nas últimas décadas de utilização intensiva do herbicida da Monsanto. Artigo de Alexis Baden-Mayer.

Estudo sugere: doença ainda inexplicada, que destrói rins e já matou milhares de agricultores, pode estar relacionada ao glifosato, herbicida-líder da transnacional Monsanto. Por Jeff Ritterman, no Truthout.