Precauções Básicas Universais, a saúde de todos começa nas tuas mãos!

porMário André Macedo

19 de março 2020 - 9:28
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O que podemos fazer para controlar e diminuir o impacto desta nova doença? Parece simplista, mas algumas medidas fáceis e baratas de implementar podem fazer a diferença. Comecemos pelo mais básico: higiene das mãos!

A recente epidemia causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) fez soar vários alarmes de preocupação, criou vários mitos urbanos instantâneos e surgiram legitimas preocupações do cidadão. Por ser algo novo, que alastra rapidamente e se mostra difícil de controlar, é natural que a população se sinta apreensiva e preocupada.

O que podemos fazer para controlar e diminuir o impacto desta nova doença? Parece simplista, mas algumas medidas fáceis e baratas de implementar podem fazer a diferença. Comecemos pelo mais básico: higiene das mãos! Sempre que se assoar, espirrar, tossir, após contacto com pessoas doentes e sempre que estiveram visivelmente sujas. A lavagem deve durar cerca de 20 segundos, sensivelmente o tempo que demora a cantar os Parabéns. Basta usar água e sabão, e estamos na posse de um método fácil, barato e tremendamente eficaz.

O distanciamento social tem como objetivo reduzir ou cessar as cadeias de transmissão. Ao minimizar o contacto entre indivíduos doentes e saudáveis, reduzimos as probabilidades do vírus se propagar na comunidade e infetar outros cidadãos. A redução das cadeias de transmissão provoca o atraso da progressão da doença o que produz um pico de doença mais suave e prolongado. Este fenómeno é essencial para proteger a capacidade de resposta do nosso serviço nacional de saúde. Teletrabalho, não usar elevadores, não frequentar espaços públicos fechados, não passear em centros comerciais, planear as compras para fazer menos visitas às lojas, evitar eventos sociais, e realizar reuniões à distância são tudo exemplo de medidas que auxiliam para atrasar a progressão do vírus.

Por fim, mas não menos importante, vivemos uma época de natural receio, que muitas vezes atinge níveis de pânico. O combate ao covid-19 já nos toma bastantes recursos, não precisamos da atuação nefasta das fake news. As notícias falsas desmoralizam a população, minam a confiança nos profissionais e instituições e criam uma espiral de pânico difícil de controlar e consequências imprevisíveis. Duvidem de áudios anónimos do whatsapp, de mensagens de redes sociais ou conversas de café. Usem fontes fidedignas, como jornais de referência, a DGS ou a OMS.

Precisamos de todos para vencer um dos maiores desafios da nossa era. Em caso de dúvida contactem o serviço SNS24 – 808 24 24 24. Para questões relacionadas com pagamento de baixas por assistência família ou de quarentena usem a linha da segurança social – 300 502 502.

Artigo publicado em distritonline.pt a 16 de março de 2020

Sobre o/a autor(a)

Mário André Macedo

Enfermeiro especialista em saúde infantil e mestre em saúde pública.
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