Galp: adesão à greve é superior a 90%

17 de September 2012 - 12:38

O primeiro dia de greve dos trabalhadores da Galp Energia, que começou às 0h desta segunda-feira e abrange as refinarias de Sines e Matosinhos, está a ter uma adesão superior a 90%. É o início de três dias de greve por melhores salários e pelo cumprimento da contratação coletiva.

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“No caso da refinaria de Sines, a paralisação [que vai durar três dias] teve início às 0h e a expressão da greve foi superior a 90%”, adiantou à Lusa Armando Farias, coordenador da federação intersindical Fiequimetal.

“No caso da refinaria de Sines, a paralisação [que vai durar três dias] teve início às 0h e a expressão da greve foi superior a 90%. Há cortes de abastecimento aos navios, ao terminal de Aveiras, aos vagões-tanque, carros-tanque e fábricas paradas”, adiantou à Lusa Armando Farias, coordenador da federação intersindical Fiequimetal (Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêuticas, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas).



No que diz respeito à refinaria de Matosinhos, a greve começou às 6h e a adesão é idêntica à de Sines. “A adesão é idêntica, mas como a greve no Porto começou mais tarde do que em Sines, ainda estão a decorrer as operações de paragem. Tal como nós estávamos a prever, esta é uma das maiores greves de sempre na Petrogal”, salientou.



A greve dos trabalhadores do grupo Galp Energia iniciada às 0h desta segunda-feira foi convocada pela Fiequimetal e estender-se-á por mais dois dias, abrangendo cerca de 4 mil trabalhadores, do universo da Galp Energia nas áreas da exploração, da produção, das refinarias e da distribuição.



O dirigente remeteu para mais tarde dados mais exatos sobre a adesão à greve dos trabalhadores da Galp Energia.



De acordo com o dirigente sindical Armando Farias, a paralisação tem como objetivo “a defesa dos direitos dos trabalhadores”, numa altura em que “a empresa quer tirar direitos, sobretudo aos que estão na contratação coletiva, o que é inaceitável” e resulta da aplicação do novo Código do Trabalho.



A greve contesta “o aumento da comparticipação do regime do seguro de saúde, com um agravamento significativo das comparticipações a cargo dos trabalhadores”, segundo o sindicato.



Esta paralisação pretende também retomar o protesto contra a atualização salarial de “apenas” 1%, ocorrida no início do ano, quando, no primeiro semestre, a empresa teve um lucro de cerca de 200 milhões de euros.



“Os custos com os salários dos administradores atingiram os 3,7 milhões de euros, isto é, aumentaram mais de 30%”, criticou o sindicalista.