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O que fazem os bancos?

Com a globalização financeira instalada, a evolução do capitalismo nas últimas décadas ficou marcada por uma ascensão imensurável da finança, em particular da banca privada. A queda do ato de Glass-Steagel em 1999, nos Estados Unidos da América, assinalou uma viragem no paradigma financeiro mundial, na qual se destaca o surgimento dos “super-bancos” e o crescimento de produtos financeiros consecutivamente mais complexos.
Nove anos após o estalar da crise financeira internacional, os seus efeitos ainda persistem. O setor financeiro permanece frágil e os mecanismos geradores da crise continuam intactos. Enquanto o gigante financeiro prolifera, os bancos continuam demasiados e demasiado grandes, a finança desregulada persiste e os produtos financeiros complexos multiplicam-se.
Ao mesmo tempo, o discurso económico tomou conta das nossas vidas e tornou impossível não sermos confrontados com dados, conceitos e indicadores, normalmente explicados por “especialistas” que monopolizam os espaços de formação de opinião.
Esta sessão procura, por um lado, democratizar o debate económico fornecendo instrumentos de análise crítica sobre o sistema financeiro, e por outro, introduzir algumas luzes sobre o real funcionamento e propósito de um dos maiores intervenientes da economia – a banca.
Focada essencialmente no papel da criação de moeda e na desconstrução de falsas conceções sobre a atividade bancária, a sessão irá igualmente abordar o papel estrutural do estado na subsistência do setor e a necessidade de um poder de supervisão intrusivo.
Texto de Izaura Solipa, sobre o painel, com o mesmo título, que apresentará no Fórum Socialismo 2017. Será sábado 26 de agosto, às 18.15h na Sala 7.
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