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"Este é o orçamento do governo minoritário do PS, com medidas propostas pelo Bloco”

Na intervenção do Bloco de Esquerda no encerramento do debate do OE 2018, na generalidade, Pedro Filipe Soares criticou duramente PSD e CDS, salientando que continuam presos aos cortes e ao governo anterior.
Pedro Filipe Soares intervém no encerramento do debate do OE 2018 (na generalidade) - Foto de António Cotrim/Lusa

Na sessão de encerramento do debate do Orçamento do Estado para 2018 (OE 2018) na generalidade, o líder parlamentar do Bloco afirmou que o debate ficou marcado, pela prisão ao passado por parte das bancadas do PSD e do CDS.

Citando o deputado do PSD, Pedro Filipe Soares apontou que os partido da direita dizem que “estão contentes com o aumento das pensões, mas vão votar contra”. Criticou a “falsidade” e a “incoerência” de PSD e CDS, que “vivem atormentados com o governo anterior”, que “queriam ir buscar muito mais ao bolso das pessoas”.

O líder parlamentar bloquista lembrou também os 600 milhões de euros que a direita queria cortar nas pensões e denunciando o facto de PSD e CDS negarem o corte, citou palavras da antiga ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, em que defendia os cortes que PSD e CDS pretendiam fazer nas pensões de reforma.

“Está-se a provar que não era inevitável a política de cortes de PSD e CDS”, realçou o líder parlamentar do Bloco de Esquerda.

Pedro Filipe Soares apontou também que este OE “não é o orçamento do PS”, pois o PS não previa aumentar pensões. “Este é o orçamento minoritário do PS, que incorpora medidas propostas pelo Bloco”, frisou.

Pedro Filipe Soares afirmou também que este não é o orçamento do Bloco de Esquerda, “o qual não se submeteria ao défice” nem teria a “política de cativações”, que tem sido seguida pelo executivo. "Não teríamos a insuficiência de investimento público, não teríamos uma política de cativações e não teríamos escondido o valor de investimento necessário para responder ao flagelo dos incêndios", realçou.

A concluir, o líder parlamentar apontou a “necessidade de retirar a troika de cima do código do trabalho e dos direitos dos trabalhadores". Declarando que, no debate orçamental, o “tempo do governo terminou”, apontou que o “tempo dos grupos parlamentares começa agora”, sublinhando “estamos a trabalhar medida a medida, proposta a proposta” e defendendo o fim das PPP's na saúde e medidas contra a precariedade.

 

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