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40 anos do assassinato de Ribeiro Santos
Nada ficou como antes. A universidade deixou, em grande parte, de funcionar. Os protestos multiplicaram-se. Vagas crescentes de pessoas, na sua esmagadora maioria jovens, lançaram-se na ação política para mudar a sua vida e a sociedade.
Neste dossier, as circunstâncias do assassinato de Ribeiro Santos são detalhadas no testemunho de Aurora Rodrigues. No texto de Jorge Costa analisa-se a morte do estudante Ribeiro dos Santos e faz-se o seu enquadramento na época. História de um comunicado de Renato Soeiro e Há 40 anos a PIDE assassinou Ribeiro Santos, mas o povo perdeu o medo! de Alberto Matos são testemunhos de dois dirigentes estudantis daquele tempo e a entrevista a Raimundo Santos, Havia o sentimento de que o regime não tinha muito mais tempo de vida, o testemunho de um jovem operário de então.
No artigo Radicalismo político e ativismo estudantil nos últimos anos do fascismo (1969-1974) de José Manuel Lopes Cordeiro, uma análise do movimento estudantil, desde a morte de Salazar até ao 25 de Abril. Divulgamos também algumas Evocações e homenagens que terão lugar este ano.
Por fim, os nossos agradecimentos a Miguel Cardina, que com os seus apoios e sugestões muito ajudou à elaboração deste dossier. Agradecemos também ao Centro de Estudos Operários, pelo fanzine disponível neste artigo, e ao site paginavermelha.org e ao blogue hortadozorate.blogspot.pt pelas imagens.
Anexo | Tamanho |
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fanzine_ceo.pdf | 6.09 MB |
Comentários
Parabéns pelo dossier!
Parabéns pelo dossier!
foi um grande dia de luta dos
foi um grande dia de luta dos estudantes. Perdemos o nosso colega Ribeiro dos Santos e o Zé Lamego foi ferido numa perna.
Mas a partir daí os estudantes e o povo continuou a sua luta pela liberdade.
Camaradas, Ainda me lembro
Camaradas,
Ainda me lembro desse dia! Um elemento da PIDE, que estava numa RGA do ISEG, tendo sido descoberto, sacou da pistola. Ribeiro Santos avançou para ele e foi abatido. O PIDE fugiu, como um bandido, pelos corredores, às arrecuas de pistola apontada para os estudantes.
É bom lembrar estes episódios para ninguém dar ouvidos aos que agora tecem louvores ao salazarismo.
Lembra-me também outro episódio passado na mesma escola. Foi um dia cinzento em que a polícia entrou na mesma Escola e bateu a eito, nos que
estavam a greve e nos que estavam nas salas de aula. Houve sangue derramado, pessoas feridas.
É bom lembrar estes episódios para podermos lembrar: fascismo nunca mais!
Estávamos numa situação em
Estávamos numa situação em que o povo, quando morreu Ribeiro Santos, em que os jovens enviados para uma guerra injusta, em que o povo, na sua grande maioria, não tinha direito a salário digno, a habitação, à saúde, à educação ...
É tudo isso que está em causa de novo, com um governo que tem como objetivo destruir estas conquistas, construir um exército "colossal" de desempregados para baixar o custo do trabalho e transformar o nosso país num país de mão de obra escrava para atrair o capital. Trata-se de uma contrarrevolução, de voltarmos ao país que éramos nos inícios do século XX. Não podemos permiti-lo! Espera-nos a miséria e aceleradamente! Em 2013, com o novo orçamento, estaremos ao lado da Grécia, a caminhar para um país desgraçado e submetido ao estrangeiro, a caminhar para o fascismo.
Caminhamos a passos largos
Caminhamos a passos largos para uma situação pior do que a Grécia. Portugal e a Europa avançam, se estes políticos da contrarrevolução não forem detidos, para novos regimes fascistas e mesmo para a guerra. Nestas ocasiões, a consciência dos povos também avança aceleradamente e coloca em causa o domínio do capital. Novas circunstâncias surgem, são os senhores do capital financeiro os donos da Europa e os governos europeus mais não são do que lacaios desse poder. É esse que é preciso derrubar.
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