1968 – 50 anos depois

O ano de 1968 ficou marcado pela revolta de Maio em França. No entanto, 1968 foi muito mais do que o Maio em França. Foi um movimento de revolta e mudança que marcou o mundo e que, 50 anos depois, continua presente e marcante. Dossier organizado por Carlos Santos

16 de dezembro 2018 - 12:22
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“Dizer Não É Pensar” - frase de Alain, Émile-Auguste Chartier (1868-1951), tornou-se simbólica em 1968
“Dizer Não É Pensar” - frase de Alain, Émile-Auguste Chartier (1868-1951), tornou-se simbólica em 1968

O ano de 1968 ficou marcado pela revolta de Maio em França. Uma revolta de jovens em que convergiram aspirações de mudança e que acabou por juntar estudantes e trabalhadores, transformando-se na maior greve até hoje realizada em França. Nesse contexto, paralisaram cerca de dez milhões de trabalhadores.

No entanto, 1968 foi muito mais do que o Maio em França. Foi um movimento de revolta e mudança que marcou o mundo e que, 50 anos depois, continua presente e marcante. Começou no Vietname e na luta de um povo que enfrentou uma brutal ocupação e acabou por derrotar o mais poderoso país e exército do mundo.

Em 1968, um movimento de mudança percorreu o mundo e incluiu também manifestações e revoltas noutros países da Europa, nos Estados Unidos e noutros continentes. O México constituiu o único caso em que 1968 terminou com uma brutal matança a 2 de outubro.

1968 foi ainda um intenso movimento artístico e cultural, abrindo caminhos à transformação social, que ainda hoje estão por percorrer.

Os artigos aqui agrupados são alguns dos mais significativos publicados no esquerda.net, ao longo deste ano, estão em pdf e foram impressos em papel.

Neste dossier, juntámos os artigos:

1968 começou no Vietname, de Pierre Rousset

Um intenso fervor artístico e cultural carateriza a explosão do Maio de 68, de Gustave Massiah

Maio de 68: algumas “palavras de desordem”, de José Soeiro

Maio 68: De Cannes a Paris, o mês que sacudiu o mundo, de Francisco Louçã

O outro aspeto do Maio de 68: a greve geral com ocupação dos locais de trabalho, testemunho de José Mário Branco

A noite das barricadas há 50 anos em Paris, de Carlos Santos

Maio 68: À bientôt, J’espere, de Mário Tomé

Noam Chomsky sobre 1968

O Maio de 68 e o movimento antiguerra: de Londres a Berlim, de Tariq Ali

O 68 mexicano, 50 anos depois, de Manuel Aguilar Mora

No dossier que aqui publicamos acrescentámos ainda o testemunho de Joana Lopes: "É injusto dizer que o Maio de 68 só chegou em 69 a Portugal".

O dossier 1968 não fica fechado, vão continuar a publicar-se importantes artigos e análises sobre o ano e o período e, naturalmente, o esquerda.net continuará a divulgá-los.

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