Os imigrantes da ex-União Soviética são até hoje uma comunidade à parte, que vive num ghetto criado por eles mesmos. Até hoje, falam russo. Leem os seus próprios jornais russos, todos furiosamente nacionalistas e racistas.
Quando a Primavera Árabe chegar finalmente à Palestina, o seu maior alvo não será Abbas ou Fayyad. Abbas não é Mubarak. Fayyad é precisamente o oposto de Khadafi. O alvo vai ser a ocupação.
Todos conhecem a cena dos tempos de escola: o menino baixinho briga com o menino muito maior e grita para os companheiros: “Segurem-me! Segurem-me… Ou eu parto-lhe a cara!”
Não há nem pode haver estado de bem-estar em Israel, enquanto houver guerra. Os incidentes de fronteira mostram como é fácil distrair a opinião pública e silenciar os protestos: basta desfraldar a bandeira da segurança.