Uri Avnery

Uri Avnery

Escritor israelita, jornalista, fundador do movimento de defesa da paz Gush Shalom.


Os imigrantes da ex-União Soviética são até hoje uma comunidade à parte, que vive num ghetto criado por eles mesmos. Até hoje, falam russo. Leem os seus próprios jornais russos, todos furiosamente nacionalistas e racistas.

Não se pode dizer que tenha ocorrido uma viragem histórica nas últimas eleições de Israel, mas, sim, houve uma mudança significativa.

O grande vencedor que emergiu da nuvem é o Hamas.

Quando a Primavera Árabe chegar finalmente à Palestina, o seu maior alvo não será Abbas ou Fayyad. Abbas não é Mubarak. Fayyad é precisamente o oposto de Khadafi. O alvo vai ser a ocupação.

O Manifesto de Marwan Barghoutti expressa os sentimentos quase unânimes dos palestinianos na Cisjordânia e em toda a parte.

Todos conhecem a cena dos tempos de escola: o menino baixinho briga com o menino muito maior e grita para os companheiros: “Segurem-me! Segurem-me… Ou eu parto-lhe a cara!”

Não há nem pode haver estado de bem-estar em Israel, enquanto houver guerra. Os incidentes de fronteira mostram como é fácil distrair a opinião pública e silenciar os protestos: basta desfraldar a bandeira da segurança.

A exigência de que os palestinianos reconheçam Israel como "o estado judeu" ou como "o estado-nação do povo judeu" é irracional, ridícula, absurda.

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Os jovens homens e mulheres da Praça Tahrir, com o seu desejo de liberdade, relegaram Bin Laden para a história meses antes da sua morte física.

A brisa da Primavera árabe também sopra na Palestina.