A estranheza manifesta-se. Agora que todos já trocaram os argumentos públicos e privados, bem que se acabava com esta exaltação amarela. Mas não. É a cor do dinheiro e a procissão ainda vai no adro.
Em 180 dias, perante uma contestação que pode rasgar a pátria simetricamente entre o verde e o amarelo, até a revisão da própria bandeira do Brasil já parece ser uma possibilidade que se lê nas estrelas.
O pacto de Ted Cruz e John Kasich parece um mero tacticismo, mas é uma efectiva admissão de falência técnica no momento em que Trump desfila com apoio maioritário.
O mais chocante na votação do processo de "impeachment" ou "golpe de Estado" não é tanto o comportamento histriónico dos deputados. Indigna é como se elogiam assassinos e torturadores, como se estivéssemos perante a melhor licitação de um crime num leilão de bugigangas.
Enquanto há tempo, continua a contagem indecisa entre democratas e fascistas. Quando se volta a falar na decisão nuclear, mais importante seria entender que nuclear é a decisão.
Marcelo aspirará à unanimidade caso os poderes de Bruxelas não entendam dinamitar a Europa e, com ela, o poder em Portugal. Seja a Esquerda capaz de manter consigo o seu vice-rei.