Historiador, doutorado em História, investigador do CES/UC.
Coordenador do projecto CROME – Memórias Cruzadas, Políticas do Silêncio. As guerras coloniais e de libertação em tempos pós-coloniais, financiado pelo Conselho Europeu de Investigação
As direitas em Portugal são diversas nas suas origens, histórias e características ideológicas. Tudo isso lhes dá um nome diferente, ainda que tenham todas o mesmo apelido: “dos interesses”.
Uma certa hipersensibilidade pátria de que Miguel Sousa Tavares se toma como ventríloquo procura conter o debate sobre o passado colonial e sobre as suas representações no presente. Mas ele está aí, vai continuar e para o fazer precisaremos de todas as vozes disponíveis e lúcidas.
Uma boa ocasião para debater e estimular novas políticas públicas da memória sobre o passado colonial será, certamente, o próximo ciclo comemorativo do 25 de Abril.
No país habita, ainda hoje, o que se poderia definir como um caldo de imperiofilia, definidor de uma parte significativa dos discursos sobre a sua identidade e a sua história. Por Miguel Cardina.
A extensão, natureza e impacto do fenómeno da deserção no quadro da guerra colonial (1961-1974) permanece ainda pouco explorado. Existindo ainda lacunas historiográficas, será já de evidenciar o número relativamente significativo de desertores e refratários. Excerto do artigo de Miguel Cardina, publicado na Revista de História das Ideias.
A produção académica dedicada à relação entre memória, património e território alerta para a necessidade de se integrar a dimensão contextual na análise de memoriais, museus, monumentos ou centros interpretativos.
Comecemos pela boa notícia: este foi o último discurso de Aníbal Cavaco Silva num 10 de Junho. Cavaco foi um Presidente de fação, que conduziu o seu mandato no apoio ao essencial das políticas que a direita procurou meter em prática nestes anos.