A Escola Inclusiva é, desde logo, uma organização profundamente democrática, que acolhe os seus profissionais e onde os professores têm de ser incluídos, participar ativamente e sentir que a sua voz é ouvida e respeitada.
Uma rede pública de creches com tutela única educacional é a melhor forma de ter uma educação da primeira infância com igualdade, qualidade e com educadores dentro da carreira docente. Em vez disso o Estado prefere financiar e depender do sistema privado.
A resolução da falta de docentes não se faz com remendos de curto prazo, de eficácia duvidosa e que não tocam no essencial, perpetuando a velha máxima de atamancar alguma coisa, para que o fundamental não mude.
A Educação em Portugal atingiu os melhores resultados de sempre em vários indicadores. Toda esta evolução tem como atores a classe dos professores. Paralelamente somos um dos países da OCDE onde a classe docente é mais envelhecida. Artigo de Jorge Humberto Nogueira
Apesar de tudo, os professores cá estão para assegurar o ensino presencial. A situação é de risco latente e a qualquer momento podemos ser confrontados com dificuldades, dadas as condições em que as escolas estão a funcionar.
É inegável a prioridade que deve ser dada aos alunos com Necessidades Educativas Especiais, NEE, na frequência de ensino presencial, constituindo um grupo vulnerável ao ensino à distância, com consequências no seu desenvolvimento e aprendizagem.
Na reta final deste 3º período de Ensino à Distância, há reflexões necessárias para preparar aquilo que vai ser a abertura prevista das escolas em setembro.
No pressuposto de que nenhum aluno deve ser deixado para trás e tendo em mente aqueles que apresentam maiores barreiras ao apoio e aprendizagem, o Ensino @ Distânciatorna-se num desafio que exige da escola recursos e estratégias específicos e dedicados.