O deslumbramento de alguns dos dirigentes socialistas e opositores dos acordos com a esquerda, que agora namoram a ideia de uma aliança PS-PAN, diz muito da forma descuidada e impante como se tratam as respostas que um partido deve ao país.
Os números do emprego escondem uma realidade, a uberização do trabalho, com a consequente degradação tanto das condições contratuais quanto dos salários.
Percebo a tentação de projetar os resultados das europeias numa contagem hipotética de deputados nas legislativas. É interessante, desde que se saiba que é uma fábula.
O PS gaba-se de querer exportar a ‘geringonça’ para a Europa. Se essa exportação se resume a um acordo com o neoliberalismo, qualquer coisa não bate certo.
A história da “frente progressista” não é boa, não é nova e nem sequer sei se chega a ser uma história, pois já aterra com um cadastro demasiado pesado.
Pode criticar-se tudo a Berardo, que se expôs como o pato feio da fábula, mas o que não se pode ignorar é o retrato dessa elite que, entre negócios e oportunidades, foi amassando fortunas do século XIX até hoje.
A primeira sondagem depois da grandiosa crise política, revelou que o PS só subiu uns pequenitos 0,8% em relação ao mês anterior, mantendo-se sempre abaixo dos valores de 2018.
As “contas certas” do Governo são como interruptores, ora para cima ora para baixo. Esse menu de contas variáveis justificou uma demissão espampanante.