Catarina Oliveira

Catarina Oliveira

Jornalista


O agressor tem de afastar-se da família que agride, não podem ser as vítimas a ficar sem o seu lar. Não podemos fechar os olhos a tantas situações em que o perigo está eminente.

Se os dados mais recentes sobre casos de violência doméstica continuam a ser preocupantes, mais preocupante ainda é que o culto da violência doméstica física e psicológica esteja a ganhar adeptos entre os mais jovens.

Nos direitos do trabalho, nos salários, na progressão na carreira, há ainda um longo caminho a percorrer. Entretanto, é necessário proteger direitos conquistados e denunciar fortemente o seu ataque feroz, a que assistimos. É importante não deixar, mesmo, que nos mandem espremer as mamas.

90% dos jornalistas do JN estiveram em greve na passada sexta-feira, feriado. Ontem, domingo de Páscoa, voltaram à carga: 85% de adesão. A redação de O Jogo, também parou quase em 50%. Porque é que esta greve é importante e porque é que esta forte adesão tem um claro significado?

Ao ritmo a que estamos atualmente, na evolução das desigualdades entre os géneros, só daqui a 81 anos é que essas desigualdades terão desaparecido completamente. Infelizmente, sim, este assunto, da desigualdade, é mesmo uma coisa de gajas.

Passos Coelho enfureceu-se publicamente com os media. Depois da fase da “desculpa pública”, assiste-se agora ao momento da vitimização face à alegada imprensa mentirosa que é o álibi do Governo sobre um OE “incompreendido”.

Sabemos todos que se vive hoje muito pior, num país que está mais pobre, mais desigual, mais injusto.

Com o referendo na Suíça, a Europa perdeu mais uma batalha contra o populismo nacionalista anti-imigração, em crescendo, e sofreu uma derrota na política externa e económica.

À bestialidade apregoada só se responde defendendo recuperação económica com base na justiça social. O Bloco continuará por isso a bater-se pelo aumento do Salário Mínimo Nacional.

Na passada sexta-feira, em reação ao anúncio das novas medidas de austeridade, em direto em entrevista na TVI, Seguro adiou uma reação mais crítica sobre as medidas concretas apresentadas porque, ao que parece, não tem um smartphone.