Crise dos refugiados

Manifestações de apoio a refugiados, convocada nas redes sociais por várias organizações e cidadãos, juntaram milhares de pessoas em todo o país. Lisboa, Porto, Coimbra, Faro e Felgueiras foram palco de manifestações e concentrações. 

As imagens de vídeo divulgadas esta sexta-feira mostram a forma como os refugiados estão a ser tratados no campo de Roszke, perto da fronteira com a Sérvia. Cerca de 150 pessoas, entre as quais inúmeras crianças, estão a ser alimentadas "como animais num curral". Polícia húngara usa capacetes e máscaras. Veja aqui o vídeo filmado às escondidas por voluntários austríacos.

Em marcha com cartazes, música e palavras de incentivo, Lisboa, Porto, Faro, Coimbra e Felgueiras juntam-se a várias outras cidades europeias e assinalam o Dia Europeu de Ação pelos Refugiados.

Este é Governo pequenino que ficará para a história, mas não fará história, como nos mostra a crise dos refugiados. Mas é muito persistente no que não deve, como acontece com o ajuste direto para entrega a privados dos STCP.

Pedro Filipe Soares

A jornalista Petra Lászlo, ao serviço da televisão N1 ligada ao movimento húngaro de extrema-direita Jobbik, pontapeou e rasteirou pessoas refugiadas no campo de Röszke, enquanto filmava. Veja os vídeos:

Por proposta do Bloco de Esquerda, a Assembleia Municipal de Lisboa (AML) aprovou nesta terça-feira uma moção “Pela solidariedade e contra a Europa Fortaleza”, onde se aponta que “o governo português tem sido parte deste caminho profundamente errado que transformou o Mediterrâneo num cemitério e a Europa numa fortaleza fechada”. A AML aprovou também recomendação de “medidas políticas abrangentes e duradouras de acolhimento de refugiados”.

Fronteira entre a Sérvia e a Hungria: Desde que o foco mediático se afastou desta parte do caminho que milhares de refugiados continuam a fazer diariamente, a situação piorou muito. Texto e fotos de Olmo Calvo, publicado em cuartopoder.es

Só em Lesbos, que tem cem mil habitantes, há mais de 20 mil. Atenas pede à Comissão Europeia acesso ao fundo de emergência destinado a catástrofes naturais. Hungria anuncia uma segunda vedação de 4 metros de altura para conter os refugiados, e o ministro da Defesa demite-se por ainda não estar pronta. UE vai e vem quanto às cotas de acolhimento por país.

Catarina Martins e candidatos do Bloco por Lisboa visitaram o Centro Português de Refugiados, onde defenderam que o país tenha “uma voz ativa” no acolhimento e que recuse “a lógica dos bombardeamentos que só vai criar mais refugiados”.

Num dos primeiros atos de campanha, o candidato José Manuel Pureza propôs que Coimbra se declare cidade-refúgio e instou todos os municípios do distrito a multiplicarem esta iniciativa.

É justo que quem fomenta guerra e miséria com imperialismo e um comércio abusivo e desigual, enfrente as consequências demográficas das suas acções. Artigo de Rafael Poch, La Vanguardia.

A iniciativa marcou o arranque da pré-campanha eleitoral do Bloco em Coimbra e encheu o Auditório do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha. José Manuel Pureza, cabeça de lista pelo distrito, denunciou dois "mitos urbanos": a pressão do “voto útil” e a “dicotomia armadilhada entre partidos de governação e partidos de protesto”. #Bloco2015 #Legislativas2015 

Reportagem em Lesbos revela: por trás da onda de refugiados, países destruídos por intervenções ocidentais. A longa jornada de sírios, iraquianos e afegãos no Mediterrâneo. A indiferença da Europa. Por Jesse Rosenfeld, no The Nation .

Em 1956 fugia-se de uma Hungria «fechada», em 2015 a Hungria fecha-se, com muros, para não deixar passar quem tenta escapar à guerra, à morte e à fome. Artigo de Joana Lopes.

O cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelo círculo eleitoral de Aveiro, Moisés Ferreira, enviou uma carta a todos os presidentes das câmaras do distrito, apelando para que as autarquias se disponibilizem com celeridade a acolher refugiados nos respetivos concelhos. #Bloco2015 #Legislativas2015

Neste momento há uma tentação de agradecer a sírios, afegãos, iraquianos, líbios, somalis, e tantos outros, por nos terem ajudado a perceber a União Europeia que temos. Pura e simplesmente não existe, a não ser para a grande negociata e bela vida em Bruxelas e arredores. Artigo de José Manuel Rosendo.

Milhares de pessoas refugiadas estão bloqueadas nos comboios da Hungria, em Budapeste e Bicske. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, de extrema-direita e filiado no PPE, justifica-se dizendo que Merkel não quer que ninguém deixe “a Hungria sem ser registado”. O presidente do conselho europeu, Donald Tusk, afirma: “Orbán tomou medidas para fortalecer as fronteiras da União Europeia". #welcomerefugees

Miguel Úrban, eurodeputado do Podemos, viajou até à Macedónia e à Sérvia para se inteirar da situação dramática em que se encontram os refugiados e denuncia a violação dos direitos humanos que ocorrem nas fronteiras da União Europeia. #welcomerefugees