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A Primavera do Brasil

Uma gota d'água de 20 centavos foi suficiente para que o descontentamento popular extravasasse todas as barreiras no Brasil e expusesse os pés de barro do seu tão falado desenvolvimento. Neste dossier coordenado por Luis Leiria, o Esquerda.net reúne informações que permitam ao leitor compreender melhor o contexto dos atuais acontecimentos, para além de dar acesso à cobertura que o portal vem fazendo desde o início.

Começamos com uma cronologia desde o dia 6 de junho, data da primeira manifestação contra o aumento do preço dos transportes de S. Paulo; mostramos o triste papel de alguns dos principais meios de comunicação; fornecemos dados que mostram que apesar do aumento do salário mínimo e de diversas prestações sociais, o Brasil continua a ser dos mais desiguais do mundo; expomos os incríveis gastos com o Mundial de futebol, que espalharam o descontentamento; trazemos opiniões de diversos dirigentes da esquerda brasileira.

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Neste dossier:

A Primavera do Brasil

Uma gota d'água de 20 centavos foi suficiente para que o descontentamento popular extravasasse todas as barreiras no Brasil e expusesse os pés de barro do seu tão falado desenvolvimento. Neste dossier coordenado por Luis Leiria, o Esquerda.net reúne informações que permitam ao leitor compreender melhor o contexto dos atuais acontecimentos, para além de dar acesso à cobertura que o portal vem fazendo desde o início.

A cobertura do Esquerda.net

Acompanhe aqui a cobertura dos protestos no Brasil realizada pelo Esquerda.net, sempre atualizada, através deste link

Cronologia dos vinte dias que abalaram o Brasil

Relembre os acontecimentos que começaram com um protesto de 2 a 4 mil pessoas e se transformaram num poderoso movimento que sacudiu o país de Norte a Sul.

Os limites do crescimento e da distribuição de rendimento

Houve um aumento do rendimento do trabalho no período do governo Lula, mas a redução da desigualdade foi muito pequena e a ideia de que o Brasil se tornou num país de classe média é uma construção ideológica que não corresponde à realidade. Compilação de alguns artigos de Valério Arcary, Márcio Pochmann, Ruy Braga e Reinaldo Gonçalves. Com links para os originais, cuja leitura recomendamos.

Por que protestam contra a Copa

Em Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba e Fortaleza protestos contra a Copa misturam-se às bandeiras por participação política, transporte e serviços públicos de qualidade. Veja aqui sete razões para que a festa esteja a transformar-se em manifestação. Por Marina Amaral, Agência Pública.

Quem somos

Que representa o Brasil? As avançadas tecnologias ou a miséria analfabeta de grande parte das escolas públicas? A medicina de ponta disponível em hospitais caríssimos, ou a decadência dos hospitais públicos sem estrutura? Por Sérgio Denicolli.

“Decifra-me ou te devoro”: os grandes média e as manifestações

Como a Globo foi mudando a sua cobertura das manifestações, da denúncia como atos de “vândalos” ao suposto “apoio”, tentando esvaziar o seu conteúdo social. Por Gilberto Calil, Blog Convergência

Nunca foi só por 20 centavos! Nunca foi só por uma bandeira!

Quando estamos diante de grandes mobilizações de massas, com milhares de pessoas, em condições de liberdades democráticas, em que não seremos presos pela polícia, não é somente um direito, mas, também, um dever dos socialistas levantar as suas bandeiras. Não o fazemos porque queremos “aparecer”. Estamos defendendo um programa. Não somos surfistas das lutas, somos parte, lado a lado, dos agitadores e organizadores das lutas. Por Valério Arcary, Blog Convergência

O significado e as perspetivas das mobilizações de rua

Para João Pedro Stedile, a juventude mobilizada, por sua origem de classe, não tem consciência de que está participando de uma luta ideológica. Assim, estão sendo disputados pelas ideias da direita e da esquerda. Por Nilton Vianna, Brasil de Fato.

“A esquerda radical também foi surpreendida pela amplitude das mobilizações"

Há sinais de que a política do PT no poder se está a esgotar e que o PT foi, sem dúvida, o partido mais afetado pelas manifestações, diz nesta entrevista João Machado, da direção nacional do PSOL, para quem organizações mais independentes, como as que têm impulsionado as mobilizações, provavelmente vão reforçar-se. Por Juan Tortosa, Solidarités

Rede Globo, o povo não é bobo

Por representar o que há de mais comprometido com o capitalismo selvagem, a perspetiva da Rede Globo é emblemática de como a plutocracia enxerga as mobilizações populares que ameaçam os seus privilégios seculares. Por Plínio de Arruda Sampaio Jr.

Brasil: Como os média mudaram de posição em poucos dias

Veja alguns exemplos de como os grandes meios de comunicação brasileiros atacaram os protestos e icentivaram a repressão, para depois mudar totalmente de atitude.

A guerra cibernética e a sublevação popular no Brasil

A disputa pela consciência desse movimento e do conjunto da classe trabalhadora será dada de forma cada vez mais importante numa arena nova e ainda de potencial imprevisível: a das comunicações eletrónicas por meio da Internet. Por Henrique Carneiro, Blog Convergência

O Petróleo garante os 10% do PIB para a Educação?

No seu discurso à nação, no dia 24 de junho, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, afirmou que o seu governo "tem lutado" para que "100% dos royalties do petróleo e 50% do pré-sal [jazidas de petróleo a grande profundidade] sejam investidos na Educação". Esses recursos, porém, não são suficientes para responder ao clamor nacional.

Não há problemas técnicos nem financeiros para implantar a Tarifa Zero

De acordo com Lucio Gregori, ex-secretário de transportes da Prefeitura de S. Paulo e um dos precursores do projeto Tarifa Zero, o passe livre não é nenhuma utopia de jovens “vândalos” e “desocupados”. Por Gabriel Brito e Valéria Nader, da redação do Correio da Cidadania.