No comunicado de imprensa, a Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis explica que esta ação “foi uma denúncia da estratégia de exploração no grupo de Soares dos Santos, o homem mais rico de Portugal, cuja riqueza é gerada com o trabalho de milhares de trabalhadores com baixos salários, ritmos de trabalho intenso e o desrespeito dos seus direitos”.
A exploração é “a regra no Pingo Doce” e os trabalhadores não aceitam mais que Soares dos Santos “possa viver acima da dignidade e possibilidades” de quem trabalha, dizem.
Os e as ativistas dos Precários Inflexíveis abriram uma faixa e distribuíram panfletos de apoio à greve no interior da loja. O vídeo da ação pode ser visto aqui.
Foi ainda lida uma mensagem, que acusa Alexandre Soares dos Santos de ser “um dos responsáveis pela pobreza e pela situação de miséria” do país:
“Soares dos Santos é uma afronta a todos os trabalhadores e aos direitos no trabalho. Abriu lojas no 1º de Maio e fez promoções de 50% que humilham quem trabalha e tem dificuldades. Fugiu com a sede da empresa para Holanda para não pagar impostos cá, não merece qualquer respeito”.
Os precários lembram que também nos supermercados Biedronka, uma cadeia do grupo a operar na Polónia (país que se junta esta quarta-feira ao protesto europeu), Soares dos Santos é conhecido “pelo atropelamento aos direitos e leis do trabalho”.
No final do vídeo da ação, o grupo de ativistas encontra-se já em frente aos Armazéns do Chiado, denunciando atropelos ao direito a fazer greve em lojas deste estabelecimento, onde trabalhadores foram ameaçados de despedimento.
A Associação de Combate à Precariedade, que desde cedo esteve presente nas ações da Greve Geral, informa ainda que continuará na rua neste dia de protesto internacional, integrando as manifestações em Lisboa e no Porto.
No comunicado de imprensa, os Precários Inflexíveis afirmam que “estão com todas as mobilizações que hoje juntam precários, desempregados, o conjunto dos trabalhadores e da população, em Portugal e em vários países da Europa, respondendo à austeridade e exigindo o direito a ter um futuro”.