Egito, revolução e golpe de Estado

Na noite de 3 de julho de 2013, o Exército anunciou a deposição do presidente do Egito, Mohammad Morsi, que vinha sendo contestado por grandes manifestações de massas. O presidente, eleito em 17/6/2012, foi detido, órgãos de comunicação ligados à Irmandade Muçulmana fechados e as forças repressivas mataram dezenas em manifestações pró-Morsi. Que aconteceu? Neste dossier, coordenado por Luis Leiria, procuramos contribuir para uma melhor compreensão do rumo que o grande país do Médio Oriente está a seguir.

08 de agosto 2013 - 14:28
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Manifestação anti-Morsi

Começamos por apresentar a posição dos socialistas revolucionários egípcios e da sindicalista Fatma Ramadan que apela: “Não deixem que o exército vos engane!” Um artigo da IPS mostra que órgãos de segurança que foram desmantelados depois do derrube de Mubarak estão a ser restabelecidos e Aldo Sauda, direto do Egito, diz que ocorreu uma traição para entrar na história. Jacques Chastaing, do A l'Encontre, confia que a população saia novamente à rua por reivindicações próprias, e o egípcio Omar Ashour, professor da Universidade de Exter, sublinha que as Forças Armadas do Egito não querem a democracia. Alain Gresh afirma que a saída de Morsi constitui incontestavelmente uma vitória para a Arábia Saudita e Uri Avnery debate-se com um grande dilema. Finalmente, o PC egípcio afirma que não houve um golpe de Estado militar, mas sim uma Revolução feita pelo povo para se desfazer de um regime fascista.

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