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Dossier: Bush na América Latina
As manifestações de protesto em todos os países que Bush está a visitar na sua viagem pela América Latina mostram o desgaste que a administração dos EUA vive frente ao povo do continente. Consciente da sua perda de influência, Bush apresenta uma retórica amena, que o levou mesmo a apresentar-se como "filho de Bolívar". Mas os EUA vão gastar mais no Iraque só nesta semana do que com todos os programas anunciados para um ano na América Latina. A abrir o dossier, um artigo do jornal mexicano La Jornada mostra que a mudança de retórica tem a ver com uma disputa com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. As medidas tomadas para a criação do Banco do Sul, instituição de crédito destinada a dispensar os países do continente de recorrer ao FMI, já causa grande nervosismo na sede daquela instituição. No Brasil, diante dos acordos com EUA em torno do etanol, os movimentos sociais defendem a produção de agrocombustíveis, desde que beneficie agricultores familiares e não seja feita com base no modelo agroexportador. A visita de Bush ao Uruguai levantou grande protesto na coligação de esquerda que governa pela primeira vez este país. E o jornalista brasileiro Bernardo Kucinski enumera onze razões para não confiar em Bush. Ao chegar à Argentina, o presidente da Venezuela, em conversa com os jornalistas, ataca os projectos de Bush em relação ao etanol, defende a construção do gasoduto do Sul, e critica Bush por ter-se declarado filho de Bolívar. Veja o vídeo, e também o texto da entrevista.
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