Pedro Caldeira Rodrigues

Pedro Caldeira Rodrigues

Jornalista

A indústria de armamento dos Estados Unidos é responsável por mais de 40% das armas vendidas em todo o mundo e os seus lucros aumentaram exponencialmente. Para isso, além da invasão da Ucrânia e do ataque a Gaza, contribuiu o empenho dos lóbis armamentistas e o maior peso dos militares nas estruturas governamentais.

Num anfiteatro cheio do edifício 4 do ISCTE decorreu no final da tarde de terça-feira a apresentação do Observatório de Estudos da Palestina, uma iniciativa académica inédita na União Europeia e que pretende estender-se à sociedade civil.

Este é um livro que tem o mérito de convocar grandes processos revolucionários que abalaram a Europa no espaço de um século, tendo como ponto de partida e incentivo à exploração o PREC que os ilumina a partir de ângulos inesperados.

Após o colapso de uma estrutura da gare ferroviária de Novi Sad em 1 de novembro, a Sérvia entrou num novo sobressalto político com uma inédita mobilização estudantil e popular que abalou, mas sem pretender derrubar, o regime de Aleksandar Vucic. Reportagem em Belgrado.

Um recente artigo na publicação digital The Conversation, assinado por Arnaud Miranda, doutorado em Ciência política e especialista em história das ideias políticas, fornece dados reveladores sobre a designada “ideologia trumpista” e sobre Curtis Yarvin, o seu principal ideólogo.

O apoio, na prática incondicional, da administração Biden-Harris ao genocídio em Gaza e à deriva extremista, colonial e expansionista do Executivo israelita poderá ser determinante para o resultado final em 5 de novembro.

Nas conclusões da cimeira da NATO, nem uma linha sobre Israel e a sua política colonial, de ‘apartheid’, de “limpeza populacional” em larga escala. Por isso, a autoridade moral, a ética, a decência, dos países ocidentais que a integram, voltou a colapsar.

Joe Biden anunciou o seu “plano de paz”, mas é previsível que nada mude no imediato. Os Estados Unidos vão permanecer o mais fiel aliado do atual regime extremista israelita, vão continuar a fornecer-lhes todo o armamento de que necessitem, todo o apoio monetário, toda a cumplicidade diplomática, todo o silêncio perante os contínuos massacres, ou um silêncio cúmplice face à propagação das censuras.