Carlos Santos

Carlos Santos

Editor do esquerda.net Ativista do Bloco de Esquerda.

Ferro Rodrigues não é José Sócrates. O antigo secretário-geral do PS fala mais claro e por isso vale a pena ouvi-lo.

Foram três homens do Grupo Jerónimo Martins, que tiveram a iniciativa, escreveram e lançaram o manifesto que defende um compromisso nacional entre o PR e “os principais partidos” para no imediato “assegurar a credibilidade externa” e que o futuro Governo seja apoiado por “uma maioria inequívoca”.

4 banqueiros impuseram a troika externa ao país, o grupo Jerónimo Martins tratou de lançar o marketing da troika interna, composta por PS, PSD e CDS. 

A censura ao governo, para além do parlamento, já começou e vai prolongar-se nas ruas.

O “Guardian” noticiou que Sócrates tinha telefonado a Angela Merkel pedindo-lhe ajuda e dispondo-se a “tudo fazer”, posteriormente o gabinete do primeiro ministro negou, mas a notícia não pareceu estranha a ninguém e não é por acaso.

O voto em Alegre é um voto em defesa dos direitos sociais, um voto contra a austeridade, um voto contra o FMI.

O combate a esta política vai continuar em 2011, exigindo novas e inovadoras mobilizações sociais.

Apesar de todas as medidas apontadas pelos “intérpretes” dos chamados mercados financeiros estarem a ser aprovadas pelo Governo, com o apoio do PSD, os juros da dívida portuguesa não descem.

24 de Novembro pode ser o dia da grande mobilização em defesa do Estado Social.

Este caso ilustra bem uma das piores vertentes dos Governo Sócrates: a promiscuidade completa entre público e privado.