O livro de Enia “Notas sobre um naufrágio”, ainda que dê alguns números, capacita qualquer um de empatia suficiente para saber que um só caso é já insuportável.
Se temos de um lado a criatividade que procura criar valor social e ambiental, temos do outro uma criatividade que serve os fins capitalistas de uma organização bem assente na obtenção de lucro.
Não podemos continuar a permitir que prevaleça em Portugal a velha ideia de que a publicidade deve ser apolítica e imparcial. Os nossos criativos estão também eles cada vez mais politizados e isso irá certamente continuar a refletir-se no trabalho produzido por cá nos próximos anos.