A manifestação de mais de mil pessoas saiu da zona da bolsa de Nova Iorque, onde mais de duas centenas permanecem dia e noite, em direcção a Union Square, no centro da cidade. "Mas antes de lá chegarmos, a polícia cercou-nos e começou a prender gente de forma violenta. E sabiam muito bem quem deviam levar. Principalmente gente da equipa de imprensa e audiovisuais e todos os que têm dirigido as assembleias diárias", disse um dos activistas ao El Pais.
Após a manifestação, a acampada voltou a reunir cerca de 600 pessoas numa assembleia na praça Zucotti, junto a Wall Street, sempre rodeada pelo forte dispositivo policial que cerca o local desde o seu início no passado dia 17. Esta praça é propriedade privada de uso público, um estatuto legal que impede a polícia de tirar as pessoas de lá, ao contrário dos jardins públicos que pertencem à Câmara dirigida por Michael Bloomberg. O mayor de Nova Iorque foi o primeiro a declarar guerra a acampada ainda na véspera de começar, dizendo que não queria ver os motins do Cairo na cidade.
A forma pacífica como tem decorrido o protesto acabou por ser interrompida pela acção policial. Mas não é só a polícia que tem merecido críticas dos manifestantes. A imprensa de grande circulação também tem sido criticada pelo silêncio mantido ao longo da primeira semana sobre a iniciativa. De facto, só com os incidentes deste sábado é que os media dedicaram algum espaço à iniciativa.
Os manifestantes que aderiram à acampada em Wall Street são sobretudo jovens e com reivindicações a favor de mais democracia e menos poder para o sector financeiro.
96 manifestantes presos em Nova Iorque
Os participantes na acampada em Wall Street manifestaram-se pelas ruas novaiorquinas este sábado. A polícia tentou encurralá-los e prendeu quase cem manifestantes, que se queixam de violência policial sobre uma marcha pacífica.
16 de outubro 2011 - 1:53
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