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Bloco de Braga: “Estátua ao cónego Melo é uma provocação”

A Câmara de Braga aprovou com os votos favoráveis do PS e a abstenção de PSD e CDS, a construção de uma estátua de homenagem ao cónego Melo. O Bloco de Esquerda de Braga declara que uma tal estátua “é uma provocação”, considerando que o passado do cónego, a sua responsabilidade na rede bombista e no assalto a sedes de partidos de esquerda, “não pode ser esquecido” e critica duramente o executivo camarário do PS.
Bloco lembra o passado do cónego Melo, que “não pode ser esquecido”: - Apelidou “um militante histórico do PS de 'traidor à pátria' por ter promovido a descolonização”; - “liderou o ataque às sedes do PCP e de organizações de esquerda”; - teve responsabilidades na “ rede bombista que assassinou o padre Max e uma jovem estudante de 18 anos”.

A “aprovação, em sessão de Câmara, da construção de uma estátua ao cónego Melo, é uma provocação e a confirmação da total ausência de comunhão dos valores democráticos reivindicados por este agora decrépito executivo socialista”, declara em comunicado de imprensa a comissão concelhia de Braga do Bloco de Esquerda.

A concelhia do Bloco lembra que Mesquita Machado (atual presidente da Câmara de Braga) assumiu publicamente na Assembleia Municipal, que enquanto for presidente da Câmara “não seria erigida no espaço público qualquer estátua ao cónego Melo”.

O Bloco lembra ainda o passado do cónego Melo, que “não pode ser esquecido”: - Apelidou “um militante histórico do PS de 'traidor à pátria' por ter promovido a descolonização”; - “liderou o ataque às sedes do PCP e de organizações de esquerda”; - teve responsabilidades na “ rede bombista que assassinou o padre Max e uma jovem estudante de 18 anos”.

A estrutura concelhia bloquista destaca ainda que “é do conhecimento público que mesmo dentro do clero bracarense há sacerdotes que entendem que a vida do cónego Melo não justifica qualquer estátua” e acusa a maioria do PS na Câmara de Braga, liderada por Mesquita Machado e pelo seu vice-presidente Vítor Sousa (que é o cabeça de lista do PS à Câmara), de “em fim de mandato, e em desespero pela disputa de votos da direita mais ultramontana do concelho”, traírem “a história do seu próprio partido”.

A concelhia do Bloco frisa ainda, “em nome dos muitos bracarenses que lutaram e lutam pela democracia, que prezam a democracia, que defendem a democracia”, que “uma cidade democrata não quer símbolos que não honram esta tradição antifascista e democrática e que a estátua do cónego não passará!”

Mais informações em braga.bloco.org

Notícia atualizada às 17.20 de 23 de maio

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