Chipre na bancarrota

O coordenador do Bloco de Esquerda, João Semedo, classificou a taxa sobre depósitos cipriotas como sendo "uma decisão irresponsável e que confirma o desnorte que se instalou em Bruxelas e Berlim". O líder parlamentar do Bloco, Pedro Filipe Soares, disse que Vítor Gaspar, "ao colocar-se ao lado da Alemanha, não percebe que é também Portugal que está em causa".

O gigante energético russo, Gazprom, propôs ao Presidente cipriota pagar o empréstimo de 10 mil milhões de euros. Autoridades russas contestam taxa sobre depósitos, propõem novo empréstimo e alterar condições do anterior. Parlamento cipriota adia decisão para terça-feira. Bancos cipriotas fechados toda a semana.

O plano de resgate do Chipre contém uma cláusula inesperada e sem precedentes na UE: uma taxa de 6,75% sobre o valor dos depósitos até 100.000 euros (supostamente garantidos pelo Estado em todas as eventualidades, incluindo a falência do banco) e de 9,9% para depósitos acima de 100.000 euros. Artigo de José Maria Castro Caldas, publicado em auditoriacidada.info

O Governo de Chipre anunciou nesta segunda feira que vai pedir o resgate à zona euro, depois de se ter gorado a hipótese de negociar um acordo com a Rússia, com a China, ou com outros países de fora da União Europeia.

Segundo têm avançado vários órgãos de comunicação social, o Chipre estará a considerar várias opções para garantir a recapitalização dos seus bancos. Um novo empréstimo da Rússia e um pacote de financiamento por parte da União Europeia estão em cima da mesa. UE quer impôr ao Chipre condições similares às exigidas à Grécia, Portugal e Irlanda.