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É hora do ajuste de contas: vamos derrotar a austeridade e escolher um futuro melhor

Queremos continuar o caminho da austeridade que destruiu as nossas vidas ou queremos ir por um novo caminho?

As eleições legislativas estão marcadas para dia 4 de Outubro. É uma oportunidade nas nossas mãos que não podemos desperdiçar. Podemos agora escolher o futuro do país; isto é, o nosso futuro e o futuro dos nossos. Queremos continuar o caminho da austeridade que destruiu as nossas vidas ou queremos ir por um novo caminho?

O PSD e o CDS, juntos no governo, destruíram milhares de famílias. Todas as famílias têm jovens que foram obrigados a emigrar porque não encontravam emprego em Portugal ou pessoas desempregadas há muitos anos e a quem foi cortado todo e qualquer apoio social. Temos que ser claros: os culpados desta situação são o PSD e o CDS.

São culpados destas situações como de muitas outras: o corte nas reformas e nos salários, o encerramento de valências nos hospitais, o aumento das taxas moderadoras, a privatização da água e da recolha de resíduos sólidos urbanos… A forma como obrigam os desempregados a trabalhar de graça ao abrigo de contratos feitos pelo IEFP ou a forma como escondem os desempregados das estatísticas… Podemos dizer: ‘Por acaso foi tudo ideia de Passos Coelho e Paulo Portas’.

É por isso que não queremos mais do mesmo. É por isso que não queremos mais 4 anos de austeridade. É por isso que não votaremos PSD/CDS no próximo dia 4 de Outubro. É por isso que precisamos de dar força a uma alternativa.

A campanha eleitoral é para alguns partidos o tempo de todas as mentiras. Mas não acreditaremos nelas. Podem vir dizer que tudo o que fizeram foi para salvar o país, mas basta olhar para a realidade para perceber que tudo o que fizeram destruiu o país. Beneficiados só mesmo a banca (que foi salva à custa do aumento de impostos sobre o povo) e os ricos e milionários (que ficaram ainda mais ricos e milionários com este governo que desceu salários aos trabalhadores e perdoou impostos às fortunas e às grandes empresas).

Por isso é que as eleições de 4 de Outubro são tão importantes. Essa é a data do ajuste de contas. Todas as pessoas a quem foi cortado o salário, a pensão ou a prestação social; todas as pessoas que perderam o emprego ou foram precarizadas; todas as pessoas que viram os seus filhos emigrar por causa das políticas do Governo devem agora dizer que não querem mais do mesmo. Devem exigir um futuro melhor.

Não acreditamos que o PSD/CDS defenda os interesses das pessoas nem do distrito de Aveiro. Nem acreditamos que o PS possa ser uma alternativa quando, na verdade, está comprometido com a maior parte das medidas levadas a cabo pelo Governo. Sabemos que foram estes três partidos, em conjunto, que aprovaram a entrada da troika em Portugal e que foram estes três partidos que aprovaram o memorando de austeridade. São esses mesmos partidos que aprovaram o Tratado Orçamental ou a reforma do IRC. Nas questões essenciais, estes partidos estiveram juntos e voltaram as costas às pessoas.

Basta ver quais as posições que estes partidos têm tomado em alguns dos assuntos fundamentais para a população do distrito de Aveiro:

 O Bloco de Esquerda propôs o fim das portagens nas antigas SCUT, mas o PS, o PSD e o CDS chumbaram o projeto.

O PS começou com o encerramento de urgências e de valências em inúmeros hospitais do distrito de Aveiro; o PSD/CDS vieram a seguir e continuaram o trabalho de encerramento. Resultado: os cuidados de saúde foram ficando sempre piores.

 O Bloco de Esquerda propôs a revitalização da linha do Vouga, mas o projeto foi chumbado pelo PSD/CDS e com a abstenção conivente do PS.

 O Bloco de Esquerda propôs a impenhorabilidade da habitação própria para que as famílias não perdessem as suas casas. Mas mais uma vez o projeto foi chumbado pelo PSD/CDS com a abstenção do PS.

É preciso, por isso, um caminho novo. Um caminho que não seja o mesmo dos últimos anos. O Bloco de Esquerda é esse caminho novo.

O Bloco de Esquerda é o único partido para além do PS, PSD e CDS a eleger no distrito de Aveiro. É a voz da alternativa que defende a população do distrito e que nunca desiste de combater quem tanto mal lhes faz. É esta voz, esta alternativa que tem agora que ser reforçada no dia 4 de Outubro.

Temos desde sempre um compromisso com a população que nunca quebramos: lutar por todas e por todos os que vivem neste distrito e que nos últimos anos foram sacrificados em nome de uma austeridade que só fez os ricos ficarem mais ricos. É por esta força e convicção que dizemos que com o Bloco de Esquerda a alternativa é possível.

Publicado em correiodafeira.pt em 14 de setembro de 2015

Sobre o/a autor(a)

Doutorando na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto e investigador do trabalho através das plataformas digitais. Dirigente do Bloco de Esquerda
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