Ricardo Coelho

Ricardo Coelho

Ricardo Coelho, economista, especializado em Economia Ecológica

Enquanto ativista político envolvido em movimentos anti-austeridade, não estou naturalmente habituado a pensar na austeridade como algo de positivo. Mas há quem pense que é, e por boas razões.

O furacão, acompanhado de pesadas chuvas, caiu como uma bomba nos EUA, ironicamente interrompendo uma campanha eleitoral em que as questões ambientais estiveram completamente ausentes.

O Panamá aprovou uma nova lei de proteção dos animais que ficará para a história como uma das mais ambiciosas do mundo. A lei tem como objetivo principal prevenir, erradicar e sancionar os atos de crueldade contra os animais domésticos.

A UE, assim como vários outros governos do mundo, pretende criar um mercado global para a biodiversidade. A ideia é que passaria a ser possível, por exemplo, a uma empresa destruir um rio construindo uma mega-barragem num ponto do planeta, desde que pague a outra empresa para preservar um rio noutro ponto do planeta.

Este verão não foi apenas quente, como é normal. Foi anormalmente quente. A cada dia que passa, aproximamo-nos cada vez mais do cenário já previsto pelos estudos científicos da ONU, em que o planeta estará tão mudado pelas alterações climáticas que será irreconhecível.

Hoje produzem-se suficientes calorias no mundo para alimentar toda a gente, mas um sétimo da população mundial não tem dinheiro suficiente para comprar comida.

O sucesso do modelo agroecológico cubano é inegável, mas este modelo pode estar em perigo. Muitos oficiais do regime persistem em querer voltar ao modelo antigo, de monocultura industrial.

A mensagem de (quase) todas as reportagens é a de que os confrontos físicos entre manifestantes e aficionados apenas foram evitados pela atuação da polícia. Mas quem esteve lá viu aficionados a passar pelo meio da manifestação, provocando com insultos e gestos ofensivos, sem que nada lhes tenha acontecido.

Investir na formação de atletas para que possam ganhar medalhas nos jogos olímpicos é reforçar o elitismo que enche os cofres dos ginásios privados e exclui grande parte da população da prática desportiva.

Num momento em que tantas espécies marinhas enfrentam a extinção e em que mafias usam os oceanos como lixeiras, os/as marinheiros/as que patrulham os mares e combatem os crimes ambientais são heróis.