Miguel Guedes

Miguel Guedes

Músico e jurista. Escreve com a grafia anterior ao acordo ortográfico de 1990.

A questão da procriação é um aborrecimento para o Estado. Querer não é mandar, os civis não obedecem e desconfio que até os militares terão dificuldades sérias se não os deixarem sair da caserna com um "voucher família feliz" para mais uns dias em casa.

O FMI reconhece ter havido "custos desnecessários" das políticas de ajustamento sem reestruturação da dívida, assumindo a existência de "erros técnicos e de cálculo" sobre o impacto das "políticas de choque" e da austeridade servida à força da chibata a portugueses, gregos e irlandeses.

Agora, quando o Coliseu do Porto padece de problemas financeiros que inspiram cuidados, os seus três principais accionistas (Secretaria de Estado da Cultura, Câmara do Porto e Área Metropolitana do Porto) reúnem - em Lisboa - tentando encontrar uma solução.

O passado de Passos e Seguro enquanto líderes das jotas dos PSD e PS não é desprezível.

A derrota do Bloco Central (ou do bloqueio central) na Europa passa pelo crescimento do Partido da Esquerda Europeia, enquanto terceira força política no Parlamento. Na Europa como em Portugal, pela derrota de quem nos conduziu até aqui.

A troika, agora de capuz, escondida ao virar da esquina, mas a salivar abundantemente à nossa mesa, não saiu de Portugal. Deu-nos uma aparência de férias em liberdade, prisioneiro em saída precária com pulseira electrónica num "InterRail".