João Semedo

João Semedo

Médico. Aderente do Bloco de Esquerda.

Em nome de quê e por decisão de quem pode ser desrespeitada a vontade livre e conscientemente afirmada de uma pessoa que não quer continuar a suportar o doloroso e arrastado sofrimento a que a doença a condena na fase final da vida?

Pela primeira vez há o risco de mais de cem jovens médicos não terem vaga nos hospitais e centros de saúde do SNS para fazer a sua especialidade.

A ideia do pagamento de bens e serviços de saúde ser realizado em função dos rendimentos não é nova. Pedro Passos Coelho já a defendia no seu livro “Mudar”, editado em 2010.

O acordo estabelecido entre o PS e os partidos à sua esquerda é um facto inédito na política portuguesa das últimas décadas. A sua inegável importância desafia-nos para uma reflexão e um debate sobre como as esquerdas chegaram até aqui e o que podemos esperar que dele resulte.

Para derrotar a direita e gerar uma dinâmica favorável a um governo de esquerda que fure as lógicas da maioria absoluta, do bloco central ou dos acordos do PS com a direita, o fator decisivo é o crescimento do voto à esquerda do PS, em concreto, a dimensão eleitoral do conjunto PCP e Bloco.

A venda do BPN aos angolanos do BIC foi uma venda de favor, uma pechincha, um negócio entre amigos. A venda do Efisa por este valor é mais uma confirmação dessa borla oferecida por Passos Coelho, Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque.

Depois de 4 de Outubro, o futuro ministro da saúde não deixará de nos dizer qual a dívida escondida deixada pelo actual ministro... Não vai ser muito diferente da que Paulo Macedo "recebeu" do governo do PS e de que tanto se queixou!

Muito se tem falado e comentado a reportagem da jornalista Ana Leal emitida pela TVI. Pela primeira vez o país viu, sem sombra de dúvida, aquilo que há muito tempo é dito por quem, nos últimos tempos, teve a infelicidade de cair numa urgência e sentir na pele a degradação progressiva daquele serviço na maior parte dos hospitais portugueses.

João Semedo está a publicar no blogue Disto Tudo, da deputada Mariana Mortágua, extratos do despacho de arquivamento do caso dos submarinos. Reproduzimos neste artigo a nota prévia do deputado e a primeiro parte dos extratos selecionados.

A gripe faz disparar a afluência às urgências. Não há nisto qualquer novidade, só mesmo o ministro parece ter sido apanhado desprevenido… Paulo Macedo, como sempre tem acontecido, preferiu poupar a investir no reforço da capacidade de resposta do SNS.