1. A crise global que vivemos é o resultado de várias crises, económica, social, financeira, energética mas também climática e alimentar. É uma crise sistémica o do modelo de desenvolvimento.
2. Essas crises têm um impacto destrutivo sobre o trabalho, no âmbito social e no meio ambiente.
3. São necessárias respostas imediatas e de resistência pela protecção social, contra os despedimentos, que devem ser ecologicamente sustentáveis.
4. Essas respostas têm que se inscrever no quadro de uma mudança radical e de alternativas, coerentes com o bem comum da humanidade. Faz falta estabelecer um sistema económico, social, solidário, ecologicamente sustentável e equitativo que gere emprego decente. O sistema financeiro tem que estar ao serviço desse referido sistema económico, sob controle democrático. É necessário alterar o sistema de produção e consumo. É preciso reinventar o papel do estado a nível nacional e internacional, com controle democrático pelos povos. Estas estratégias requerem uma alteração nas relações comerciais internacionais e um novo paradigma de justiça na interacção entre norte e sul.
5. Para operar esta mudança radical é urgente construir alianças plurais e amplas de movimentos, associações, ONG e sindicatos, alianças de todas as formas de trabalho, contra o racismo e todas as formas de discriminação. Portanto, esta assembleia reflecte essa necessidades. É também necessário um espaço de coordenação e articulação que já começou.
6. Enfatizamos a necessidade de uma mobilização popular a todos os níveis para conseguir essas mudanças e identificámos o dia 28 de Março, por ocasião da primeira reunião do G20, como o primeiro dia de uma mobilização contra a crise. A Aliança por um trabalho decente e uma vida decente também convocou um apelo internacional para o dia 7 de outubro.
7. A terminar, expressamos a vontade de continuar a trabalhar em conjunto e de solidariedade na acção.