Roberto Almada

Roberto Almada

Técnico Superior de Educação Social. Ativista do Bloco de Esquerda.

O diagnóstico está feito: atravessamos uma das maiores crises habitacionais de que há memória, onde a construção de novas habitações destinam-se a um segmento de luxo, às quais o comum cidadão trabalhador não consegue aceder com os seus magros rendimentos familiares.

A maioria relativa do PSD/CDS na Madeira, obtida nas eleições, torna-se numa maioria absoluta dos dois partidos na generalidade das Comissões Especializadas e o PAN, que só poderia estar numa Comissão, entra “pela porta do cavalo” numa outra Comissão sem ter o direito de lá estar.

No Bloco, os madeirenses terão uma voz contra os atentados ambientais e paisagísticos, que por cá se praticam, e contra os interesses dos tubarões da construção e hotelaria, será igualmente uma voz que defenderá o bem-estar animal, o ambiente e o fim de todas as discriminações.

Quase 50 anos de governação do PSD Madeira impuseram um regime de compadrio e uma economia da desigualdade. O Bloco de Esquerda está neste combate eleitoral para acertar as contas e exigir justiça e respeito por quem trabalha.

Há um profundo descontentamento e até desalento na Região. A economia cresce, os negócios milionários multiplicam-se, o Governo Regional até anuncia superávit, mas quem vive do seu trabalho só vê a sua vida andar para trás.

Dia 24 de setembro é o dia de fazer regressar o Bloco ao Parlamento da Madeira e de dar mais força às pessoas. Será uma boa notícia para os madeirenses e uma péssima notícia para os acomodados que, no poder, continuam a fazer tudo o que querem!

A crise da habitação será, porventura, um dos principais problemas com os quais o país e a Região se confrontam neste momento. O Bloco propõe 25% de habitação acessível, em todas as novas construções, para que possamos ter pessoas com menor poder de compra, nos centros populacionais.

Se o Bloco tiver votos para eleger deputados nas eleições regionais podemos lutar por melhores salários, habitação, cuidados de saúde, Escola pública Universal e gratuita, cuidados para os idosos e um combate forte à discriminação de pessoas em função do seu género e orientação sexual.

A opção do PSD/Madeira, e agora também do CDS, pela privatização de serviços públicos essenciais à população e de alimentar os privados para fazerem o trabalho que pode ser feito pelo setor público, já vem de longe.

Com a imensidão de problemas sociais que afetam os nossos conterrâneos é necessário voltar a ter uma oposição forte na Assembleia Regional da Madeira , que enfrente o governo regional sem medos nem tibiezas.