Paulino Ascenção

Paulino Ascenção

Coordenador do Bloco de Esquerda / Madeira. Economista, dirigente da Administração Pública.

Voto na Marisa Matias porque representa a visão que defendo para o nosso país e que não é assumida por nenhuma outra candidatura. Uma visão de uma sociedade mais justa e equilibrada.

As despesas previstas para 2020 são todas essenciais? Não há gastos que possam ser cortados para responder à emergência social? A única consequência da pandemia é exigir mais dinheiro a Lisboa?

A pretexto da pandemia o PSD e o CDS aprovaram uma norma abusiva que permite o voto por procuração dos deputados ausentes dos plenários. No limite podem estar todos os 23 deputados da oposição na sala e bastarão um do PSD e outro do CDS, para garantir a vitória nas votações.

A política é fazer escolhas e em cada opção feita há uns que vão ganhar e outros perder, é impossível satisfazer a todos, não há escolhas neutras.

Que 2019 nos devolva a esperança no futuro, que foi roubado aos madeirenses, pela ganância de poder de uns poucos.

Há um fascínio entre políticos regionais pela Ryanair, como se esta fosse a solução para os nossos problemas de mobilidade aérea, nota-se uma disputa entre PS, PSD e CDS para ver quem é o maior fã.

Depois de 40 anos de autoritarismo, da bancarrota e de uma falsa renovação, a Madeira tem de romper com os lóbis. O Bloco de Esquerda é a garantia que não vai ficar tudo na mesma que a subserviência aos “donos da Madeira” é para acabar.

Sendo a Madeira uma região insular, ultra-periférica, com uma economia frágil, justifica-se um tratamento fiscal diferenciado, mais favorável.

Defender a Madeira é levá-la à bancarrota? É criar uma dívida para o povo pagar e que serviu sobretudo para enriquecer meia-dúzia? É fazer obras inúteis - novo cais, marina do Lugar de Baixo, cota 500 e outras - e atirar para Lisboa as culpas de não termos um novo hospital?

A melhoria das condições de vida nas regiões autónomas nos últimos dois anos devem-se as medidas do OE de âmbito nacional e não às opções dos governos regionais.