Os valores do investimento público deste Executivo são humilhantes e mostram o paradigma de um Governo bloqueado pelo sucesso do seu próprio ministro das Finanças.
Desde o dia 5 de janeiro que centenas de trabalhadoras da antiga Triumph, em Sacavém, às portas de Lisboa, guardam dia e noite a fábrica a que deram vida e que agora são forçadas a abandonar.
Quem precisa de aceder à canábis para uso terapêutico, ou quem acompanha a situação, conhece a revolta de saber que há um tratamento mais indicado que, por ignorância e preconceito, não está legalmente disponível.
O acordo feito em 2015 respondia e responde ao essencial: travar a austeridade e recuperar rendimentos, parar a terraplanagem de direitos sociais e a delapidação dos serviços públicos. Mas, para responder pelo país, é preciso mais.
Os CTT provaram ser uma referência inspiradora para grupos privados. Mas são também um exemplo de má prestação de serviço público e, sobretudo, de um negócio ruinoso para a própria empresa, para o Estado e para o país.
O novo regime não resolverá o problema da precariedade ou dos falsos recibos verdes (para isso foi aprovada a Lei Contra a Precariedade), mas faz justiça com todos aqueles que há anos se debatem com um sistema injusto e ineficaz.